ATA DA OCTOGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 28-9-2011.

 


Aos vinte e oito dias do mês de setembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei e Reginaldo Pujol. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Aldacir José Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 145/11 (Processo nº 3081/11); pelo vereador Bernardino Vendruscolo, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/11 (Processo nº 3061/11); pelo vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 150/11 (Processo nº 3167/11); e pelo vereador Mario Manfro, o Projeto de Resolução nº 030/11 (Processo nº 3190/11). Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos em vinte e um de setembro do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Septuagésima Sétima, Septuagésima Oitava, Septuagésima Nona, Octogésima e Octogésima Primeira Sessões Ordinárias, da Décima Quarta, Décima Quinta e Décima Sexta Sessões Extraordinárias e da Décima Nona, Vigésima e Vigésima Primeira Sessões Solenes. A seguir, por solicitação do vereador Airto Ferronato e da vereadora Maristela Maffei, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma aos senhores Luís Carlos Machado e Antonio Carlos Porto. Em prosseguimento, a senhora Presidenta registrou o comparecimento das senhoras Lúcia Yan, Sandra Porto, Loiva Serafim, Jussara Rodrigues e Márcia Cavalcante, membros do Grupo de Trabalho instituído pelo Executivo Municipal para elaborar o Plano Municipal do Livro e da Leitura, convidando-as a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra a Suas Senhorias, que discorreram acerca das atividades desenvolvidas no processo de elaboração do Plano Municipal do Livro e da Leitura, destacando a importância dessa proposta para a transformação efetiva de Porto Alegre em uma cidade leitora. Durante o pronunciamento da senhora Sandra Porto, foi realizada a apresentação de audiovisual referente ao tema abordado por Sua Senhoria. Em continuidade, pronunciou-se a vereadora Fernanda Melchionna, Presidenta da Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Toni Proença. Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra aos vereadores Maria Celeste, Idenir Cecchim, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra, Maristela Maffei, Elói Guimarães, Luiz Braz, Carlos Todeschini, este pela oposição, Reginaldo Pujol e João Antonio Dib, que se manifestaram acerca do assunto em debate. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se a vereadora Fernanda Melchionna. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra, para considerações finais, à senhora Lúcia Yan. Na ocasião, foram registradas as seguintes presenças neste Plenário: do suplente Emerson Dutra; do senhor Hans Ulrich Kaup, representando o Goethe-Institut Porto Alegre; e da senhora Elisabeth Mendes Ribeiro, representando a Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Airto Ferronato e Pedro Ruas, este pela oposição, e a vereadora Maristela Maffei. Na oportunidade, o vereador DJ Cassiá formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento da vereadora Maristela Maffei em Comunicação de Líder, o que foi anuído pela oradora. Às quinze horas e cinquenta e quatro minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, o vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib, solicitando que o Projeto de Lei do Executivo nº 034/11 (Processo nº 3217/11), fosse considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes. Na ocasião, o vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora Presidenta, solicitando a indicação do vereador Haroldo de Souza como relator do Parecer Conjunto relativo ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/11. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 016/11 (Processo nº 1401/11), após ser discutido pelos vereadores Adeli Sell, Luiz Braz, Sebastião Melo, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Elói Guimarães, Pedro Ruas, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Mario Fraga, Bernardino Vendruscolo, Professor Garcia, Idenir Cecchim, Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha e Airto Ferronato. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 016/11, a vereadora Fernanda Melchionna cedeu seu tempo de discussão ao vereador Pedro Ruas. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 010/11 (Processo nº 1309/11). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 059/11 (Processo nº 2767/11). Durante a apreciação do Requerimento nº 059/11, a vereadora Sofia Cavedon afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei do Executivo nº 013/11 (Processo nº 1071/11), por dezoito votos SIM, três votos NÃO e três ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul Torelly, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os vereadores Fernanda Melchionna, Pedro Ruas e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção os vereadores Aldacir José Oliboni, Maria Celeste e Mauro Pinheiro. Na oportunidade, a vereadora Maria Celeste registrou sua intenção de alterar seu voto de Abstenção para Não na votação do Projeto de Lei do Executivo nº 013/11. Ainda, o vereador Nilo Santos formulou Requerimento verbal, solicitando renovação da votação do Projeto de Lei do Executivo nº 013/11, tendo a senhora Presidenta determinado que esse Requerimento fosse apresentado por escrito. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 057/11 (Processo nº 1835/11), por vinte e três votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Haroldo de Souza e João Antonio Dib. Às dezessete horas e vinte e sete minutos, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria da vereadora Maristela Maffei, deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, amanhã, em Audiência Pública da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, às nove horas e trinta minutos, no Plenarinho do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Também, foram apregoados os Memorandos nos 085 e 086/11, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, respectivamente às quatorze horas, em reunião no INSS referente à regularização fundiária, e às dezesseis horas, em ato público em defesa da Federação e da justa partilha dos royalties do petróleo, ambos em Porto Alegre. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 009/11, os Projetos de Lei do Legislativo nos 080/09, 130, 141 e 151/11, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 094/11; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 144/11, o Projeto de Lei do Executivo nº 034/11, discutido pelos vereadores Carlos Todeschini, Elói Guimarães e João Antonio Dib. Durante a Sessão, os vereadores Mauro Pinheiro, Mario Fraga, Nilo Santos, Idenir Cecchim, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Pedro Ruas, Luiz Braz, Maristela Maffei, Waldir Canal, Alceu Brasinha, João Carlos Nedel, João Antonio Dib, Maria Celeste e Fernanda Melchionna manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário, da senhora Maria Cecília Kother, Presidenta do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre, e do senhor Raul Ellwanger. Às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá, Adeli Sell e Aldacir José Oliboni e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 

 

 


O SR. AIRTO FERRONATO (Requerimento): Srª Presidente, requeiro um minuto de silêncio pela morte do ex-jogador do Sport Club Internacional Luís Carlos Machado, o Escurinho, e pelo falecimento do jornalista Antonio Carlos Porto.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, eu como Conselheira do Sport Club Internacional, somo-me ao Requerimento do Ver. Airto Ferronato, solicitando um minuto de silêncio pela morte do Escurinho.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

(Procede-se à leitura das proposições apresentadas à Mesa.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Grupo de Trabalho que foi designado pelo Executivo Municipal, em Diário Oficial, para elaborar o Plano Municipal do Livro e da Leitura está comparecendo a esta Casa para apresentar o resultado do trabalho realizado.

Convidamos para compor a Mesa as representantes do Grupo de Trabalho: a Srª Sandra Porto; a Srª Lúcia Yan; a Srª Loiva Serafim; a Srª Márcia Cavalcante; a Srª Jussara Rodrigues; e a Verª Fernanda Melchionna, que representou esta Casa, por todos os Vereadores envolvidos na Frente Parlamentar do Livro e da Leitura. Elas já entregaram ao Prefeito Municipal a construção feita pelo Grupo de Trabalho. Como combinamos na reunião de Mesa e Lideranças, teremos uma apresentação, que será de 30 minutos divididos entre as participantes.

A Srª Lúcia Yan está com a palavra.

 

A SRA. LÚCIA YAN: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; autoridades; representantes de bibliotecas e demais leitores da nossa Cidade; o Plano Municipal do Livro e da Leitura é o resultado de um grande trabalho coletivo. Tudo começou em abril de 2010, numa reunião preparatória, na 56ª Feira do Livro. Um grupo formado por membros de associações de escritores, ilustradores, bibliotecários e setores da iniciativa privada, organizações não governamentais e institucionais discutiu a ideia e começou a se reunir informalmente para amadurecê-la. A discussão tinha por base o Plano Nacional do Livro e da Leitura, de agosto de 2006, que estimulava a criação de planos estaduais e municipais para transformar essa grande rede nacional de cidadãos leitores. A pedido do Grupo, a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura organiza a primeira Audiência Pública, nesta Câmara Municipal, em 1º de julho de 2010, para debater o tema. Em novembro, o Prefeito Fortunati recebe representantes do Grupo, que lhe apresenta o diagnóstico que vinha sendo elaborado.

Em abril deste ano, por meio de um Decreto, é oficializado o Grupo de Trabalho responsável por apresentar diagnósticos e propostas construídas de forma democrática com os diversos segmentos envolvidos na cadeia do livro em toda a Cidade: leitores, produtores, mediadores, criadores.

O Grupo de trabalho do Plano Municipal do Livro e da Leitura é composto por representantes da Secretaria Municipal da Cultura, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local, Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura da Câmara de Porto Alegre, Organização Não Governamental Cirandar, Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre, Conselho Regional de Biblioteconomia da 10ª Região, Associação de Escritores e Ilustradores em Literatura Infantil e Juvenil, Associação Gaúcha do Escritor, Instituto Goethe de Porto Alegre, Câmara Rio-Grandense do Livro, Conselho Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Educação.

Um primeiro ato reuniu amantes da leitura e da literatura para o “Livraço”, uma leitura coletiva no Parque da Redenção, que contou com a adesão de cerca de 200 pessoas, mostrando que é possível promover uma Cidade mais leitora, por meio de ações públicas e privadas. Desde então, o GT reúne-se, semanalmente, de forma alternada, nas sedes das instituições participantes, para discussão do andamento dos trabalhos de pesquisa, diagnóstico e análise de propostas e ações para o estímulo à leitura, envolvendo também as áreas de atuação de cada um dos participantes. No conjunto, mais de mil participantes estiveram envolvidos na sua elaboração: foram professores, mediadores, leitores, autores, ilustradores, bibliotecários, livreiros, editores, estudantes, mães, pais, Vereadores e dirigentes.

O GT também divulgou sua ação em plenárias do Conselho Municipal de Cultura, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e nas redes específicas de cada setor.

Divulgamos o trabalho em andamento por meio de um site, criado com o auxílio da PROCEMPA, de fôlderes e de outdoors, que foi uma contribuição desta Câmara de Vereadores.

O Plano que apresentamos aqui reflete as diretrizes do Plano Nacional de Leitura – PNL: a formação de leitores, por intermédio da valorização das bibliotecas escolares, públicas e comunitárias e de outros espaços de leitura, tradicionais ou alternativos; a democratização do acesso à leitura; a formação de mediadores da promoção e da economia do livro.

Esse foi um primeiro passo para fazer de Porto Alegre uma cidade ainda mais leitora, e, de cada cidadão, o protagonista de sua vontade de conhecer e de criar. Para que se torne realidade, todos os segmentos mais diretamente envolvidos neste projeto devem assumir a responsabilidade por sua implementação, mantendo-se atuantes e propositivos, sendo canais de ligação e mobilização entre seus pares.

Esse Plano não é a expressão da minha opinião pessoal ou daquela dos demais integrantes do GT. Nós fomos e somos aqueles que trazem aqui a vontade expressa por pessoas dos muitos lugares por onde fomos. Foi com eles que aprendemos a amar e respeitar ainda mais o mundo do livro, da literatura e da leitura.

No último dia 15 de setembro, apresentamos o Plano ao Prefeito Fortunati, que deverá encaminhar, em breve, um Projeto de Lei a esta Casa que o torne realidade. Contamos, então, com toda a sua atenção para que, em curto prazo, o Projeto seja votado, aprovado e torne-se lei em nossa Cidade.

Agora, a Srª Sandra Porto, da SMED, vai fazer uma apresentação sobre o Plano Municipal do Livro e da Leitura em PowerPoint. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)

 

A SRA. SANDRA PORTO: Boa tarde a todos. O trabalho que será apresentado é uma homenagem a todos que trabalham por uma Porto Alegre mais leitora.

“Atrás do Gasômetro/O Guaíba se espreguiça/E abraça a cidade,/Refletindo um sol cor de laranja.../A brisa de setembro/Acaricia os paralelepípedos/Da Rua da Praia e/ Espalha a esperança/De uma Porto Alegre mais leitora/ por entre ruas e praças./Sim, somos movidos à esperança!/ Esta esperança ganha força/Em abril de 2011, quando o Prefeito/Sr. José Fortunati, institui o GT/De elaboração do Plano Municipal/Do Livro e da Leitura/A cidade ouve e se faz ouvir/Em oitivas e conferências temáticas/Realizadas nas diversas regiões,/Dizendo com propriedade o que quer!/Quer uma cidade mais leitora!/Quer a leitura, cada vez mais, em escolas/E creches!/A leitura em todos os momentos e/Espaços do cotidiano./A leitura compartilhada, exercitada./A leitura individual, introspectiva,/Solitária, até!/ A leitura oral e em grupo./A leitura acessível a todos e para todas as idades!/A leitura muito além do hábito./A leitura como um querer, um necessitar.../Quer a leitura consumida, devorada, saboreada/Feito sorvete de creme em tardes de verão!/Quer a leitura acontecendo na/Cabeceira da cama,/ Embalando os sonhos de nossas crianças!/Quer a leitura em família, na sala de estar!/Quer a leitura em praças, ônibus, metrôs, postos de saúde, hospitais,/Promovendo a fantasia, o encantamento, a cura, até!/Em cada canto,/Em cada ruela ou grande avenida./Quer a leitura circulando em/ Bibliotecas comunitárias./Sendo contada, multiplicada.../Em associações comunitárias, Clubes de Mães, lojas de conveniências, Lan Houses e /Feiras.”

Homenageamos, aqui, todos aqueles que trabalharam no GT, representando suas instituições, com competência, seriedade, entrega, paixão, simplicidade, crença e talento. Srs. Vereadores, o Plano que se apresenta é resultado de trabalho intenso, árduo, braçal para alguns, fiel à palavra e à voz dos cidadãos desta Cidade.

Srs. Vereadores, na Casa do Povo reiteramos a vontade dele, deixando definitivamente o plano das intenções e dos sonhos para o plano das realizações. É chegada a hora de dizermos sim a uma Porto Alegre mais leitora! Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. LÚCIA YAN: Convido agora a Srª Loiva Serafim, do Conselho Regional de Biblioteconomia da 10ª Região, para fazer uso da palavra.

 

A SRA. LOIVA SERAFIM: Boa tarde, Srs. Vereadores; Presidente Sofia Cavedon; integrantes da Mesa, meus colegas de grupo de trabalho, senhoras e senhores; comunidade leitora de Porto Alegre aqui presente no plenário; a minha fala vai ser para divulgar este Plano. (Mostra documento.) Este foi o Plano que entregamos para o Sr. Prefeito, resultado de mais de um ano de reflexões do Grupo de Trabalho, que foi formalmente constituído em abril deste ano. Durante três meses, nós coletamos informações, diagnósticos, questionários em toda a cidade de Porto Alegre, tentando traçar um retrato fiel do que é o livro, a leitura, as bibliotecas, os profissionais, a mediação da leitura na nossa Cidade e do que está faltando para que Porto Alegre se torne, verdadeiramente, a Capital da leitura, a Capital que mais lê.

Porto Alegre é conhecida pelos bons índices na área social, na área da Saúde, na área da Educação, mas nós queremos que esses índices melhorem. O objetivo desse grupo e desse trabalho é contribuir para que Porto Alegre se torne uma Cidade mais leitora.

Quais foram as estratégias que nós utilizamos durante todo o nosso trabalho?

Primeiramente, quero agradecer a esta Casa - Câmara de Vereadores -, à Frente Parlamentar da Leitura, pelo apoio irrestrito durante toda essa caminhada, inclusive com a colocação de 30 outdoors em toda a Cidade e a disponibilização deste plenário, da sua Comissão, das salas de Comissões para reunião do Grupo. Os outdoors foram uma das formas de divulgação; outra forma de divulgação foi a imprensa, jornal, atos que nós realizamos; constituímos um site, onde hoje a população pode acessar todas as informações que nós coletamos. Também realizamos debates, conferências, pesquisas; foi distribuído um questionário, que depois nós compilamos para chegarmos a esse diagnóstico.

Porto Alegre é conhecida, desde as décadas de 1980 e 1990, pela participação de toda a sociedade, da cidadania na elaboração das leis, dos planos e do Orçamento, pelo seu Orçamento Participativo. A democracia participativa é uma realidade há mais de 20 anos na nossa Cidade. Seguindo essa nossa vocação de participação da comunidade, o Grupo também esteve presente em todas as regionais do Orçamento Participativo realizando encontros regionais. Nós realizamos encontros regionais na Região Nordeste e Leste, no Nacipaz; na Região Norte, na Associação 1º de Maio, Biblioteca Comunitária Ceprimoteca; no Partenon, Centro de Formação Profissional Murialdo, Biblioteca Ilê Ará; no Centro, foi realizado no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues; no Centro-Sul, nós agradecemos à Associação Sargento Raimundo Correa Garcia, Biblioteca Bororó; Restinga e Extremo-Sul, Biblioteca Comunitária do Centro de Promoção da Infância e da Juventude; ilhas Humaitá e Navegantes, Escola Estadual Alvarenga Peixoto; e, na Glória, Cruzeiro e Cristal, às nossas mães aqui presentes da Biblioteca Comunitária do Clube de Mães do Cristal agradecemos também a realização.

Essas conferências foram realizadas, muitas vezes, a zero grau centígrado, à noite, e sempre estiveram cheias, Srs. Vereadores, porque é verdade que Porto Alegre e o porto-alegrense gostam de ler; muitas vezes, não têm acesso à leitura por falta de renda, por não terem poder aquisitivo para adquirir os livros, mas eles gostam de ler, tanto é que estavam presentes nas nossas reuniões.

Nós conseguimos mobilizar oito encontros regionais em pleno inverno, com casa cheia, lotada, para discutir leitura, acesso à leitura, mediação de leitura, porque as pessoas estão ávidas por conhecerem os nossos escritores, os nossos livros e os nossos acervos.

Também realizamos quatro conferências temáticas dentro daqueles que são considerados os eixos que conduzem um plano de leitura. A primeira conferência realizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro foi do Desenvolvimento da Economia do Livro, que ocorreu lá na Casa de Cultura Mário Quintana. A segunda conferência que nós realizamos foi a de Fomento à Leitura e Formação do Leitor, ocorrida na Fabico, da UFRGS; e agradecemos muito pela participação dos alunos, das Professoras Lisandra Stabel, Eliane Mouro e demais Professores do Departamento de Ciências da Informação, à Ana Moura - professores que tanto nos ajudaram na realização dessa conferência. Também realizamos a conferência da Democratização do Acesso, onde compareceu a hoje Diretora da Biblioteca Nacional, Elisa Machado, pelo Ministério da Cultura. E, finalmente, Valorização Institucional da Leitura, Incremento do seu Valor Simbólico, aqui na Câmara de Vereadores, com a presença do Secretário da Cultura, Sergius Gonzaga.

Essas conferências serviram para fundamentar o texto que nós entregamos ao Sr. Prefeito, que, volto a mostrar para os senhores, é este aqui (Mostra documento.), que é o resultado de toda essa divulgação e da participação de toda a cidadania, de todos os porto-alegrenses. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. LÚCIA YAN: Obrigada, Loiva. Convido agora a Jussara Rodrigues, da Câmara Rio-Grandense do Livro, para falar sobre a economia do livro e o valor simbólico da leitura.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Lúcia, primeiro vamos anunciar algumas presenças, enquanto a Jussara se desloca. Contamos aqui com o Suplente de Vereador Emerson Dutra; a Marcia Cristina, da SMED; a Jaqueline, que representa a PROCEMPA; o Márcio, que representa a Coordenação do Livro e da Leitura; o Hans Ulrich Kaup, do Instituto Goethe; a Elisabeth Mendes Ribeiro, da Governança; e a Secretaria Municipal de Canoas também está representada aqui - todos os que se envolveram nesse processo.

 

A SRA. JUSSARA RODRIGUES: Boa tarde a todos. É um grande prazer estar aqui, e, cumprimentando a leitora Presidente da Mesa, cumprimento todos os leitores aqui presentes, principalmente agradecendo à comunidade, que nos recebeu tão bem e que conosco dividiu essa esperança de ver Porto Alegre ainda mais leitora. Obrigada pela presença de todos, temos o prazer de recebê-los, e temos vários estandartes da leitura que tremulam hoje na Casa. Que bom que vocês estão presentes!

Foi com a comunidade que se fez este Plano. O que eu gostaria de contar para vocês é que, realmente, a primeira coisa que temos a agradecer - e, Srs. Vereadores, fiquem atentos a isso - é que a comunidade vê a leitura com grande importância; dentro do seu imaginário, a leitura é um fator importante. Novas plataformas, por favor, não esqueçam disso.

O nosso GT descobre, quando encontra a comunidade nessas oitivas, que, realmente, Porto Alegre quer ler mais; se muito se tem feito, Porto Alegre quer ler ainda muito mais, quer ter o livro perto, quer ter o livro em biblioteca, quer essa biblioteca atualizada, quer verbas para que as suas bibliotecas e as suas ações de leitura possam ter efeito. Então, é esse o pedido, e é a leitura final que eu imagino que os senhores possam fazer, quando tiverem a oportunidade de estar com o nosso Plano - tenho certeza de que todos vão fazer essa leitura. Neste Plano, as solicitações são exatamente estas: que se seja criativo dentro do Orçamento, que a gente sempre sabe que é pequeno - para a cultura, menor ainda - e que se consiga colocar a cultura e a leitura sempre presentes nessa divisão de verbas.

Uma das primeiras coisas que se descobriu nos nossos diagnósticos anteriores - a Loiva acaba de explicar como foram feitos - foi que o nosso mercado está muito bem, obrigada; que nós temos boas editoras, que os nossos escritores são lidos por todo o Brasil e muitos deles traduzidos e que nós temos uma colocação bastante interessante no ranking de leitores e de analfabetismo funcional, bastante diferenciado do resto do Brasil. Infelizmente, em termos absolutos, isso não nos deixa muito orgulhosos, não. É interessante em relação ao resto do Brasil, mas não ainda em termos absolutos: não lemos muito, não temos analfabetismo funcional erradicado; muito pelo contrário, somente 30% dos nossos leitores são plenamente alfabetizados, e isso medido em pesquisas antigas, não temos pesquisas e dados atualizados. A primeira necessidade diagnosticada: precisamos, em breve, o mais rápido possível, de diagnósticos atualizados.

Sobre os agentes de leitura no Município, nós temos várias editoras, temos livrarias quase em número suficiente, mas não todas elas distribuídas pela Cidade da maneira como a gente gostaria.

A cadeia produtiva vem trabalhando também de uma forma bastante razoável; isso também se viu nos nossos questionários. Agora, é desejável a qualificação permanente daqueles que trabalham na cadeia e que trabalham como mediadores, como escritores, editores, distribuidores, livrarias, e nisso a gente imagina a possibilidade de uma parceria sempre constante com o Poder Público e com outras entidades.

A valorização da escrita e da leitura deve estar permanentemente presente naqueles que fazem projetos e programas em todas as áreas da nossa Cidade, principalmente no Poder Público.

Foram levantadas várias sugestões, muitas delas imaginando as ações que já acontecem dentro da nossa comunidade - Porto Alegre Em Cena, Festival de Inverno, dentro da Editora da Cidade, Prêmio Açorianos, Fumproarte -, e todos esses deveriam se debruçar ainda mais nos projetos, nas ações que dizem respeito ao livro e à leitura. São sugestões: bolsas para criação literária, apoio à realização de ações em escolas, bibliotecas, feiras e outros eventos e apoio à publicação de novos autores. Esse é um grande pedido das comunidades, que não têm tido a oportunidade; os escritores oriundos das comunidades de periferia, principalmente escritores de primeiras edições, primeiros livros, não têm tido essas oportunidades. E criar novas formas de financiamento, com programações estratégicas para incrementar a produção e circulação do livro e de outros materiais bibliográficos na Cidade e apoio a ações de difusão da literatura dos escritores gaúchos também para além da Cidade.

Esses são alguns dos pleitos da comunidade porto-alegrense para transformar Porto Alegre numa cidade mais leitora. (Palmas).

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. LÚCIA YAN: Obrigada, Jussara. A Srª Márcia Cavalcante, da Organização Não Governamental Cirandar, que falará sobre a formação de mediadores e a democratização do acesso ao livro, está com a palavra.

 

A SRA. MÁRCIA CAVALCANTE: Boa tarde a todos e a todas. Eu quero agradecer pela oportunidade. É muito importante para o Grupo de Trabalho fazer a devolutiva de todo um processo de mais de dois anos de trabalho que realizamos aqui na Cidade. A mim coube falar de dois aspectos.

O primeiro deles: os mediadores de leitura. Gostaríamos de frisar a importância dos mediadores de leitura, que, na prática, na cidade de Porto Alegre, são os professores, os bibliotecários, os educadores, pais e mães, que são pontes entre os leitores e os livros.

O Plano aponta a necessidade de um processo de formação para esses mediadores de leitura, para intensificar os processos que já são realizados aqui na Cidade.

Pensar uma cidade leitora, pensar Porto Alegre como uma cidade que se diferencie no Brasil é pensar que a leitura está além dos espaços formais. Democratizar o livro é pensar que precisamos de uma cidade em que os livros estejam, sim, nas escolas, sim, nas bibliotecas, mas, como a Loiva e a Sandra falavam, também espalhados pelos ônibus, pelas praças, pelos postos de saúde; que, de fato, se pense que a democratização do livro é a oportunidade de garantir que a leitura seja efetivamente um direito social. Assim como se pensa na importância da habitação, do saneamento, da educação, que também se possa pensar que a leitura, pela sua importância, pela capacidade que tem de ampliar os horizontes, de formar o sujeito, de ampliar a sua capacidade de conhecimento, também deve ser pleiteada como um direito social.

Aqui em Porto Alegre, o Grupo de Trabalho fez um mapeamento no diagnóstico que olhou as bibliotecas. Eu trago aqui alguns dados para compartilhar com vocês: hoje, são 300 bibliotecas escolares estaduais e são 54 escolas com bibliotecas municipais. As bibliotecas municipais estão em condições um pouco melhores do que as bibliotecas estaduais, muitas das quais se encontram fechadas. Uma cidade como Porto Alegre infelizmente tem apenas duas bibliotecas públicas. Isso é lamentável! As bibliotecas comunitárias, que hoje ganham a Cidade e ampliam o seu atendimento, surgem pela mobilização das comunidades; o Grupo de Trabalho mapeou 12 bibliotecas comunitárias e quatro salas de leitura.

Eu quero fazer uma referência ao grupo das bibliotecas comunitárias que hoje toma o plenário junto com os taxistas, que também estão aqui pleiteando a sua pauta, e peço um aplauso para o grupo. (Palmas.)

Não vou nominar cada uma dessas pessoas, porque foram mais de mil pessoas mobilizadas para a construção do texto; quem esteve nas comunidades e nas conferências temáticas viu o empenho e a dedicação. Então, eu queria falar da Ceprimoteca, na Zona Norte da Cidade; da Bororó, na Zona Sul; queria falar do Cristal, da biblioteca dessas mulheres guerreiras do Cristal; queria falar do CPIJ; da turma do Cirandar; da turma da Chocolatão, Nova Chocolatão, que também inicia um processo de bibliotecas; da Ilê Ará, no Morro da Cruz; tem o pessoal da Vila Santa Rosa; enfim, a Cidade vai-se tornando, de fato, uma cidade leitora quando a gente vai tirando a ideia de que a leitura é uma arte elitizada e para poucos.

O trabalho das escolas municipais tem sido muito importante, junto com as bibliotecas comunitárias, para ampliar essa ideia e para, de fato, construir uma Cidade que possa, cada vez mais, atingir índices sociais e de leitura que nos orgulhem.

Para concluir, faço um agradecimento especial ao Grupo de Trabalho. Não foi fácil, Presidente Sofia. Muitas lutas, muitos embates aconteceram durante o trabalho, mas tínhamos um objetivo em comum, que era a construção de um texto, um texto que ficou muito bonito, que nos emociona - a Sandra se emocionou quando leu, fazendo aqui a apresentação. E o Grupo de Trabalho, um grupo diversificado, com pessoas com diferentes interesses, com empenho, se envolveu durante muitas semanas para a construção do texto. Faço um agradecimento especial ao grupo que está aqui e a quem não pôde estar; faço um agradecimento para a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura; faço também um agradecimento em especial para duas pessoas que nos acompanharam diretamente: a Verª Fernanda Melchionna e o Ver. Toni Proença. Por favor, o nosso abraço! (Palmas.) O Ver. Adeli Sell esteve conosco muitas vezes; o Ver. Todeschini, o Ver. Pujol, enfim...

A gente sabe que isso é difícil, as pautas são intensas, mas olhar para a leitura foi fundamental para esta Casa.

Pelo Instituto C&A, temos andado Brasil afora, e muitas cidades, desde 2006, com a aprovação do Plano Nacional, têm buscado a construção do Plano Municipal. Em Porto Alegre, o empenho do Grupo de Trabalho, a coordenação feita pela Secretaria de Cultura foi fundamental, mas a presença da Frente Parlamentar de Incentivo foi muito especial - já falamos disso outras vezes, e eu quero fazer essa referência aqui nesta Casa - e será fundamental à aprovação quando o texto voltar do Fortunati para cá.

Então, esta fala hoje, gente, é para vocês, Vereadores, estarem conosco, por favor! O texto já está com o Fortunati desde o dia 15 de setembro, já foi entregue oficialmente, alguns Vereadores estiveram lá presentes. Hoje, o Fortunati tem a responsabilidade, junto com a sua equipe, de fazer a leitura desse texto e encaminhar para cá.

Para que a Cidade continue mobilizando novos leitores, nós precisamos da aprovação e de orçamento. A ação de bibliotecas comunitárias e de muitas frentes, como a ação dos bibliotecários, que precisam ser nominados, ampliando o orçamento, garantindo que tenhamos uma Cidade mais forte, dependerá da aprovação de vocês aqui. Então, a minha fala aqui e de todos nós do Grupo de Trabalho é um pedido para que vocês estejam conosco no fechamento dessa grande luta da Cidade. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. LÚCIA YAN: Obrigada, Márcia. Agora, a Verª Fernanda Melchionna está com a palavra.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Lúcia. Eu queria, primeiro, cumprimentar todos os presentes, cumprimentar as valorosas e guerreiras coordenadoras, mediadoras da leitura das bibliotecas comunitárias da nossa Cidade, da Ceprimoteca, da CPIJ, da Bororó, da Biblioteca do Cristal, que constroem as políticas de leitura. Quero cumprimentar também os trabalhadores taxistas, que estão aqui para acompanhar a votação do seu Projeto de direito ao trabalho.

Estamos muito felizes, Presidente Sofia, por entregar esse belo trabalho dessas entidades maravilhosas do Grupo de Trabalho para a elaboração do Plano Municipal do Livro e da Leitura, no sentido de que Porto Alegre possa dar um passo adiante, possa avançar nas políticas de leitura e erradicar uma série de desigualdades informacionais históricas; possa valorizar, investir nas bibliotecas comunitárias que estão na ponta da nossa Cidade; que possa equipar mais as nossas bibliotecas públicas; possa desenvolver a economia do livro; possa transformar em política de Estado as ações de leitura, para que não seja ação de Governo, mas para que sejam políticas permanentes que busquem melhorar a leitura na nossa Cidade. Isso não seria possível - antes de passar para a questão da implementação do PMLL - sem a luta de vocês. Hoje, nas galerias, boa parte está sentada conosco, os mediadores e outros tantos atores da leitura que fizeram o “Livraço”, que reivindicaram o Plano Municipal do Livro e da Leitura, que transformaram em movimento social a defesa daquilo que é um direito, o direito do acesso à informação.

Nós sabemos que qualquer conquista que venha nessa área da leitura e da cultura na nossa Cidade será construída pelas entidades, pela mão das entidades e pela luta organizada através das mobilizações.

E, por isso, nós conquistamos esse GT, esse Decreto que oficialmente nos delegou escrever o Plano, e fomos muito referendados pela Câmara Municipal. A Márcia Cavalcante já fez as nominações devidas, mas sempre é importante ressaltar o apoio dos Vereadores e das Vereadoras nessa luta da leitura: Ver. Toni Proença, nosso parceiro da Frente; a nossa Presidente, Verª Sofia Cavedon, que colocou a Câmara à disposição; o Ver. Carlos Todeschini; o Ver. Adeli Sell, Secretário-Geral da Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura, parceiro de muitas lutas em relação ao livro; o Ver. Reginaldo Pujol; o Ver. Pedro Ruas; o Ver. João Dib, que é Líder do Governo e que sabe da importância dessa nossa luta aqui no Parlamento Municipal.            

Agora nós precisamos, Vereadores e Vereadoras, fazer com que o Plano Municipal venha do Executivo em forma de Projeto de Lei para ser aprovado por unanimidade nesta Casa e virar realidade no Município de Porto Alegre. E nós precisamos que nessa votação esteja contemplado aquilo que a sociedade nos falou. Não foi a minha opinião, não foi a opinião da Jussara, da Márcia, da Lúcia, da Loiva, da Jaqueline, do Uli, da Sandra, da Elisabeth ou do Fernando: foi a opinião das oitivas nos bairros desta Cidade, que nos mostraram um caminho a ser seguido, que passa pelas metas apresentadas anteriormente pelo GT e que passa por dois elementos fundamentais nos quais eu gostaria de me deter: primeiro, a constituição de um Conselho Municipal do Livro e da Leitura para gerenciar verbas, elaborar os projetos e fiscalizar um fundo a ser criado para que, de fato, as batalhas do livro e da leitura não sejam só nos nossos discursos, mas tenham dinheiro para serem efetivadas, tenham orçamento para virarem realidade e tenham forma de ampliar, de fato, as políticas públicas da nossa Cidade.

Porto Alegre é reconhecida pela tradição democrática dos Conselhos Municipais, entre eles, o do Direito da Criança e do Adolescente; temos o maravilhoso Conselho Municipal de Cultura, retomado pelos artistas da nossa Cidade; o Conselho Municipal de Educação; o recente Conselho Municipal do Idoso. Nós precisamos criar o Conselho Municipal do Livro e da Leitura para que a sociedade possa definir aonde vão as verbas do livro e da leitura.

Em segundo lugar, temos que garantir que haja uma vinculação orçamentária na Pasta da Cultura diretamente para a temática do livro e da leitura. Nós estamos propondo que esse fundo, a ser gerenciado pelo Conselho Municipal, que é uma forma de ampliar a democracia e de a sociedade se organizar e discutir as políticas públicas, tenha, inicialmente, 10% da dotação do Funcultura, que, para quem nos acompanha, é determinado pelo Fundo de Participação dos Municípios. Para vocês terem uma ideia, para o Funcultura, neste ano, estão previstos - se tudo for mantido - R$ 5,6 milhões.

Nós achamos que o livro e a leitura têm que ter um parâmetro, que tem que haver uma destinação orçamentária clara, em lei, para ser executada anualmente para a pauta do livro e da leitura.

Então, nós estamos propondo que esse Fundo chegue, num prazo de dez anos, a, no mínimo, 10% por ano, até chegar no mesmo valor do Funcultura, o que, de fato, seria um salto de qualidade para investir no livro e na leitura na nossa Cidade.

Nós sabemos que política de leitura e política pública se faz com valorização, reconhecimento e, sobretudo, dotação orçamentária, para que a gente possa ter Porto Alegre como uma cidade mais leitora; para que a gente possa permitir um direito, o direito do acesso à informação; para que a gente garanta cidadania - porque leitura e conhecimento dos direitos também faz parte do pleno exercício do seu direito como cidadão e cidadã.

Portanto, a leitura tem uma função fundamental para a transformação da gente, como indivíduo, mas também para a transformação da realidade da sociedade, transformando sonhos em realidade, sonhos em conquistas.

Então, quero agradecer a todos os Vereadores e Vereadoras pela atenção e dizer que nós contamos com esta Casa para transformar essa luta, esse sonho, em realidade. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Fernanda e a todo o GT que, aqui, num jogral muito bonito, traduziu o trabalho feito até agora.

Nós pudemos acompanhar a entrega ao Prefeito Fortunati. Foi feito um desafio a ele, para que a gente possa já ter a sanção do Plano Municipal na Feira do Livro. Portanto, nós, apelamos aos Vereadores da base do Governo, ao Ver. João Antonio Dib, Líder do Governo, pois sabemos que a Câmara pode votar numa semana, mas nós precisamos que venha do Sr. Prefeito, Ver. Nilo Santos, a proposta do Plano Municipal para que a gente possa, inclusive, dar esse presente belíssimo à Cidade.

A Câmara estará na Feira do Livro com espaço próprio; a Frente Parlamentar é convidadíssima a estar lá ocupando esse espaço com as diferentes bibliotecas comunitárias, agendando um dia para cada uma - já temos atividades, vamos lançar campanhas.

Nós estivemos, na semana passada, nos Bancos Sociais da FIERGS e, em nome da Frente, levei o recado da Verª Fernanda Melchionna. O Banco do Livro está à disposição, eles têm uma metodologia de ir conhecer o lugar onde se quer fomentar, aumentar ou criar uma biblioteca para poder fazer o projeto em conjunto. Então, Fernanda, o espaço e o canal estão abertos, é só implementar. E o grande desafio, para além das entidades comunitárias, que, de fato, vocês apontaram aqui, é que as escolas estaduais estiveram com suas bibliotecas fechadas porque não havia pessoal, mas tenho certeza de que o Governo Tarso, com o Secretário José Clóvis, tem o maior compromisso de reabri-las e colocar pessoal nas bibliotecas estaduais, e, mais do que isso, essa rede de quase 400 bibliotecas escolares deve virar uma rede de bibliotecas populares. Não sei se isso está escrito no Plano, mas deve estar, porque de maneira alguma devemos despotencializar uma estrutura preexistente, maravilhosa; além de todas as creches comunitárias, a gente tem uma estrutura pública que tem que se somar a essa mobilização que vem da sociedade civil.

Convido as entidades que prepararam poemas feitos pelas crianças e querem distribuir aos Vereadores para que o façam. Peço à nossa Segurança que franqueie a entrada para que distribuam aos nossos Vereadores. As nossas jovens mediadoras estão no plenário distribuindo os poemas feitos pelas crianças das bibliotecas comunitárias.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu prometi à Verª Maria Celeste que eu iria ser breve, utilizar só dois ou três minutos, para que se oportunize a fala de quantos Vereadores desejarem se manifestar.

Quero cumprimentar a Verª Fernanda Melchionna, minha líder na Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura; a Márcia, a Jussara, a Lúcia, a Sandra, a Loiva, a Bete, o Uli e o Fernando, que me oportunizaram militar com eles - esta é a forma certa de falar - na construção deste Plano.

Ver. Idenir Cecchim, na verdade, tudo já foi falado do Plano, mas há uma coisa que me chamou muito a atenção, uma história que eu até já contei aqui, mas não me canso de repetir. Nessa tarefa da construção do Plano, através de um Grupo de Trabalho designado pelo Prefeito Fortunati - por isso eu não tenho dúvida, Fernanda, de que o Prefeito é tão entusiasmado quanto nós na sanção desse Plano em Porto Alegre -, nós tínhamos um encontro à noite, na Rua Bororó. E aproveito para cumprimentar todos os militantes do livro e da leitura em Porto Alegre através das instituições, das entidades que estão aqui presentes, e faço isso saudando a Madalena, do Clube de Mães do Cristal. (Palmas.) Nesse encontro, à noite, uma noite fria de inverno, na Associação de Moradores na Rua Bororó, no Cristal, eu me atrasei um pouco e, quando cheguei à Rua Bororó, disse ao Rodrigo, que me acompanhava, que achava que nós tínhamos errado o endereço ou pego o endereço errado, porque não havia ninguém nas ruas. As ruas, Ver. Luiz Braz, estavam completamente desertas. Não havia nem aqueles tradicionais jovens nas esquinas, uns andando de skate, outros batendo papo. Mas, quando chegamos ao endereço adequado, a casa estava repleta de jovens, pais, mães e moradores da comunidade esperando para começar a nossa conferência sobre o livro e a leitura. E eu perguntei até que horas, tradicionalmente, a biblioteca da Associação de Moradores ficava aberta. E eles me disseram que ficavam abertos até as 21h, 21h30min, que enquanto houvesse alguém interessado em ler ou apanhar algum livro, eles ficavam abertos. E eu me dei conta do quão importante e que belo resultado tinha aquela comunidade através do incentivo do livro e da leitura. E aí me dei conta de que o nosso trabalho ficava ainda maior, e a nossa responsabilidade aumentava muito, porque nós tínhamos ali um belo instrumento de inclusão, de emancipação e de combate ao uso de drogas por essa meninada que está na rua.

Então, mais do que me manifestar, eu quero agradecer muito a possibilidade de ter convivido com essas pessoas do Grupo de Trabalho que dedicam as suas vidas a incentivar o livro e a leitura na nossa Cidade.

Quero, por fim, dizer que a Verª Maria Celeste teve uma ideia sensacional de um slogan para a nossa Frente Parlamentar e para a divulgação que a gente quer fazer deste trabalho em toda a Cidade. A frase da Verª Maria Celeste diz assim: “Mude o fim da história, doe um livro” - eu escrevi, para ser fiel. Vamos nós, todos juntos, também mudar o fim da história.

Convoco os motoristas e os taxistas da Lomba do Pinheiro a se somarem a nós nessa luta e nesse trabalho. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidenta, eu quero cumprimentar as representantes do Comitê Municipal, em especial a nossa Coordenadora da Frente Parlamentar da Leitura, a Verª Fernanda, o Ver. Toni Proença, todos os militantes comunitários que fazem das suas vidas uma luta diária por uma Porto Alegre mais leitora, com as bibliotecas comunitárias da nossa Cidade.

Quero dizer que nós queremos colaborar cada vez mais para esse processo de uma Porto Alegre inserida na leitura. E mais do que as atividades que o Comitê já está fazendo, que a Frente Parlamentar da Leitura desta Casa está fazendo, que a Comissão de Direitos Humanos também está fazendo, nós estaremos lançando na Feira do Livro - e contamos com a participação de todos os senhores e senhoras, com o apoio da Presidenta Sofia Cavedon - uma campanha para que a gente possa arrecadar livros para os adolescentes que estão em regime de internação nas nossas unidades socioeducativas da FASE, porque nós entendemos que precisamos mudar o final da história dos meninos e meninas que estão em regime de internação. Para além desse trabalho de uma Porto Alegre inserida na leitura, também queremos uma instituição, uma FASE mais leitora, pois vai ter o compromisso na mudança de história de vida desses personagens que lá estão cumprindo uma pena pelo processo socioeducativo na internação.

E eu queria já, aqui, apresentar para vocês a nossa campanha (Mostra cartaz.): “Doe um livro e mude uma história. Mude a história de um adolescente que cumpre uma medida socioeducativa em regime semiaberto; mude a história desse menino que precisa voltar para as comunidades da nossa periferia; mude a história desse menino para que ele, efetivamente, possa participar das bibliotecas comunitárias da cidade de Porto Alegre; mude a história desse menino para que ele volte para a sua vila, para a periferia e participe desse projeto tão importante das bibliotecas comunitárias na cidade de Porto Alegre”.

Parabéns ao Comitê; parabéns ao Grupo de Trabalho; parabéns à Prefeitura; parabéns à Câmara Municipal por essa bela iniciativa de transformar Porto Alegre de todos, inclusive dos que estão cumprindo regime socioeducativo e semiaberto, para serem, com certeza, indivíduos mais leitores na nossa Cidade. Parabéns pela iniciativa, Verª Fernanda! Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente; Verª Fernanda; Grupo de Trabalho; nós estaremos na Feira do Livro com um estande da Câmara Municipal de Porto Alegre. E eu queria propor - para que a população também saiba, para que a população participe - que um dia seja dedicado para quem organizou este Plano, principalmente para os militantes, para que sejam homenageados lá no espaço da Câmara Municipal; que todos sejam homenageados lá, para que a população também participe e que seja incentivada neste Plano do Livro e da Leitura. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; minha querida colega, companheira, Fernanda Melchionna, que presidiu essa Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura; este Plano Municipal, para nós, é motivo de muito orgulho. Este é um momento particularmente importante. Nós sabemos da importância da educação, e, mais do que isso, da capacidade de aprendizado que as pessoas deixam de ter por não terem, justamente, o acesso ao livro e à leitura.

Então, hoje, para nós, é um dia histórico. É um momento histórico! E nós do PSOL, parabenizamos a Fernanda, o Toni Proença, o Adeli, o Pujol, enfim, os Vereadores que fizeram a sua parte nesse trabalho que importa à sociedade porto-alegrense, mas que é também um exemplo de Porto Alegre para o nosso Estado e para o nosso País. Os nossos parabéns! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente. Cumprimento toda a Mesa: a Srª Lúcia Yan, a Srª Sandra Porto, a Srª Loiva Serafim, a Srª Jussara Rodrigues e a Srª Márcia Cavalcante.

Parabéns, Fernanda. Falo em nome da Bancada do PDT, do Mauro Zacher, do Dr. Thiago, do Mario Fraga e do Luciano Marcantônio. Essa é a luta, é a nossa bandeira, a bandeira do PDT: não à injustiça social, mas sim à justiça social, à educação e ao esporte. Eu sempre falo aqui dentro para que a gente tenha uma Cidade mais humana, sem violência para essas crianças.

Fernanda, eu tenho outra coisa muito importante a dizer: a Câmara de Vereadores aprovou aqui um Projeto, de minha autoria, que é o Kit Escolar, para todas as crianças da Rede Municipal de Ensino, que já está funcionando. Precisamos fazer uma Emenda aí, Fernanda, colocando um livro dentro desse Projeto, porque o Brasil só será um País de Primeiro Mundo se houver educação.

Parabenizo todos vocês. Contem com este Vereador. Essa é a minha luta e o sonho que tenho para as nossas crianças, para o nosso Brasil. Muito obrigado.(Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Srª Maristela Maffei está com a palavra.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Quero cumprimentá-la pela iniciativa, Presidenta; cumprimento também a Fernanda e todos os membros da Mesa. Se não estivemos mais presentes é porque hoje não temos Bancada nesta Casa, eu sou Suplente.

Eu moro na Lomba do Pinheiro e estou Presidenta da Comissão de Cultura, Esporte e Lazer daquela Região, e, com certeza, queremos dialogar com vocês, porque estamos conquistando um espaço para um complexo cultural e esportivo, antes com a metragem de 7 mil metros - agora, foi reduzido para 3 mil metros -, que, com certeza, vai estar se encaixando nesse processo.

Nesta Casa, nós acreditamos - acredito que os nobres Pares também - que o ser humano está em eterna construção. Às vezes, pelas falas que ouço de algumas autoridades, por estarem atuando, no momento, no âmbito do Legislativo ou do Executivo, penso que elas acham que sabem mais do que as outras pessoas. Quando eu vi a foto que a Verª Maria Celeste trouxe, ouvindo alguns comentários paralelos nesta Casa, fiquei extremamente triste, Verª Sofia Cavedon, porque alguns acham que as pessoas são malandras ou ladras porque querem ou porque nasceram assim.

Então, vejam o quanto este Projeto vai contribuir, inclusive para esta Casa, neste momento, para os Vereadores, para as Vereadoras, para todos reaprenderem que o que faz a vida é o meio, e que estamos em constante transformação, que a filosofia e a construção coletiva é que vão poder, com certeza, mudar. Então, naquela foto também aparece uma menina e outros seres que estão em construção. Quem sabe nós também não tenhamos que aprender muito com esse contexto?

Contem conosco, com o PCdoB, com a construção coletiva. Nós podemos, com certeza, colaborar.

Gostaria de cumprimentar a minha comunidade que está aqui, porque nós, desde 26 de março de 1992, em uma luta coletiva, construímos alternativas e somos hoje de Porto Alegre. Não é possível que todos nós tenhamos vindo, e só os táxis tenham ficado; portanto, parabéns a mim e à nossa comunidade da Lomba do Pinheiro.

 

Daqui a pouco vamos estar discutindo o mérito de estarem aqui hoje. Parabéns! Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente; Comitê do Livro; Verª Fernanda Melchionna; o poeta dos escravos, Castro Alves, escreveu uma das mais belas poesias - O Livro e a América - e em uma passagem diz o seguinte (Lê.): “Oh! Bendito o que semeia/Livros...livros à mão cheia.../E manda o povo pensar!/O livro caindo n'alma/ É germe - que faz a palma,/ É chuva, que faz o mar”.

Eu quero dizer aqui, citando Castro Alves, que o livro, a leitura, criar-se a cultura da leitura, haverá de demarcar um avanço social e democrático em nossa Cidade. Portanto, fica aqui a homenagem do PTB, do Brasinha, do Nilo, do DJ e do Tessaro a esse grande movimento que está num crescendo, que é fomentar uma cultura que é tão prazerosa, porque o livro é essa verdade. Até estou lançando na Feira do Livro um livro que eu pré-escrevi, que se chamará “Assim Twittei”. O livro, com a sua materialidade, o livro tem o charme; o livro é uma das mais belas invenções da criatura humana. Portanto, a todos vocês a nossa saudação e a nossa homenagem. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, eu quero cumprimentar todas as pessoas que estão envolvidas neste projeto; quero cumprimentar a Fernanda, porque foi a Fernanda que trouxe este tema para a Câmara primeiramente, mas eu quero dizer que uma das missões de todos nós que queremos fazer com que a nossa população possa ler um pouco mais é tentar fazer com que o preço do livro possa baixar. É uma vergonha que os bons livros sejam inacessíveis para a maioria das pessoas. Então, eu acho que uma das grandes missões é fazer com que os editores e aquelas pessoas que são intermediárias não fiquem com a riqueza maior e que permitam que o bom livro possa chegar às pessoas que precisam de uma boa leitura. Parabéns! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Pela Liderança de oposição, Vereadora Presidente Sofia Cavedon, cumprimento a Verª Fernanda Melchionna e toda a equipe que representa o esforço dessa Frente Parlamentar, desse projeto pela ampliação da leitura.

Quero dizer da satisfação e da importância deste momento quando tratamos de um tema tão agudo e tão necessário. Quando se traz esse dado de que apenas 30% são alfabetizados funcionalmente, se tem a ideia do tamanho da necessidade do aprofundamento, da continuidade, porque a alfabetização, a leitura não é apenas soletrar ou desenhar o nome. É muito mais, e cada vez muito mais. Se nós pensamos um país grande, um país de futuro, tem que ser um país, antes de tudo, com uma cultura profunda, com uma formação sólida de todos os seus cidadãos. E essa Frente vai contribuir para isso, sem dúvida.

Eu quero fazer um registro aqui, Verª Fernanda, Verª Sofia e comunidade que nos acompanha: nós tivemos um trabalho muito importante de construção de bibliotecas comunitárias. Eu lembro que houve um trabalho muito intenso do Ver. Juarez Pinheiro, quando estava nesta Câmara, e que, infelizmente, depois da mudança de Governo, não teve continuidade. E tem casos agudos também, como, por exemplo, o da Biblioteca das Mães, ali do Clube de Mães do Cristal - está ali a Madalena. Nós tivemos duras lutas, duras peleias, porque, por várias vezes, alguém que se apossou daquela área tentou impedir, tentou inviabilizar o uso daquele espaço público da Biblioteca e do Clube de Mães. Nós enfrentamos batalhas muito árduas nesses últimos anos, quando não só não tivemos apoio do Poder Público como aquilo que havia sido construído teve que ser mantido a duras penas, quando não foi destruído. Eu quero fazer este registro, porque penso que agora nós, através desse Grupo, através da Frente e do Prefeito Fortunati, vamos inverter a lógica da história. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente Sofia Cavedon, colega Fernanda Melchionna, eu vou-me somar às manifestações que aqui ocorreram. Eu me sinto, de certa forma, até comprometido com o processo, na medida em que não vou elogiar o trabalho do Grupo nem o da Frente Parlamentar, porque eu faço parte dela. Então, isso seria promover um autoelogio, o que não caberia. Eu apenas quero aproveitar este ensejo em que todas as Bancadas vieram aqui e aplaudiram a tua ação, Fernanda, e dizer, por um lado, que eu colaborei muito com isso, porque tem uma forma de colaborar que é bem diferente daquela de tentar fazer o que os outros já estão fazendo bem. Essa forma de colaborar é ajudar as pessoas a continuar fazendo bem. E eu tenho absoluta certeza de que tenho ajudado bastante nesse particular, com muito entusiasmo e com muita razão pessoal de pugnar pelo incremento da leitura como algo que um país que quer se desenvolver nos seus aspectos humanos precisa intensificar de qualquer sorte.

Então, o que eu queria acentuar numa homenagem - não a ti, não a mim, não ao Toni, mas àqueles que nós agregamos ao processo, até o próprio Prefeito Fortunati, que abriu as portas da Prefeitura e criou os mecanismos pelos quais tivemos acesso a várias ferramentas que permitiram que nós tivéssemos o dia de hoje - esse particular, cumprimentar o Grupo de Trabalho e dizer que um grande passo foi dado, mas não é todo o passo, ainda tem muito o que caminhar, e continuaremos caminhando junto. Era isso. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meus jovens, eu não vou falar muito. Apenas porque acredito numa Porto Alegre mais leitora, na segunda-feira, eu vou trazer outra caixa de livros na reunião de Mesa e Lideranças. Saúde e PAZ! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib - deixem eu explicar melhor - tem doado muitos livros para a nossa Estante Pública, no Mercado Público. Lá na Ouvidoria, no Mercado, nós temos uma estante; eu estive lá na segunda-feira, nós tínhamos lá gibis e tínhamos pessoas largando publicações e trocando. E o Ver. Dib tem doado livros. Combinei agora com o Vereador-Ouvidor Reginaldo Pujol, que, sábado, estaremos lá, pois é aniversário do Mercado Público, a Ouvidoria estará com Vereadores. Então, aceitamos a sua caixa, porque nós queremos “bombar” a nossa Estante, no Mercado Público, sábado de manhã, das 9h até às 13 horas. Gostaríamos de convidar todos os Vereadores que puderem se revezar na Ouvidoria, no Mercado.

A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras; eu fiz questão de falar novamente, porque queria, em primeiro lugar, agradecer a todos os companheiros e companheiras da Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura. É uma Frente suprapartidária que agrega várias Bancadas da Câmara Municipal e que tem feito a diferença dentro do Parlamento, para trazer as lutas das entidades que estão fora para cá e reverberar a luta dos movimentos sociais, dos movimentos populares, das bibliotecas comunitárias, das entidades aqui no Parlamento.

Queria agradecer a todas as Lideranças partidárias o apoio que foi dado aqui, na Câmara Municipal, porque esse apoio de todos os Partidos será fundamental para que a gente faça com que esse Projeto seja votado rapidamente, que a gente garanta a receptividade com que fomos recebidos na Prefeitura Municipal, quando entregamos o Plano Municipal do Livro e da Leitura, com o compromisso de que o Projeto fosse sancionado na Feira do Livro de Porto Alegre, nessa Feira, que é a maior feira da América Latina a céu aberto e que ocorre aqui, no coração da Capital dos gaúchos.

Nós saímos da reunião do dia 15 de setembro com o compromisso de que, vindo o Projeto do Executivo Municipal, nós faríamos uma votação em Regime de Urgência, para que o Prefeito sancione antes ou durante a Feira do Livro da cidade de Porto Alegre. E me parece que é fundamental esse compromisso, porque nós todos sabemos que o Parlamento, intermediando e buscando essa celeridade, garante que Porto Alegre certamente receberá este belo Projeto de Lei a tempo de incluí-lo, inclusive, no Orçamento de 2012. Nós todos e todas votamos o Orçamento no final de 2011, que será executado no ano que vem, e é fundamental que nesse Orçamento já tenha a possibilidade do convênio, do reconhecimento, do fortalecimento das entidades sociais que hoje estão aqui pelo Poder Público, para que a gente possa garantir não só a manutenção das atividades, mas também ampliar as políticas públicas de leitura.

Queria ainda agradecer e cumprimentar a iniciativa da Verª Maria Celeste, Presidente da Comissão de Direitos Humanos, por uma política pública que agregue, Vereadora - e nós estamos juntos nessa luta -, os jovens da FASE, o que é fundamental para prospectar um futuro diferente. Dizem as redes de leitura que a leitura é a porta de entrada para um mundo melhor. Nós concordamos, a leitura é a porta de entrada para um mundo melhor e para uma vida melhor, Ver. Pedro Ruas. Então, nós temos que olhar com atenção os jovens que estão na FASE, para que a gente consiga, através da leitura, conquistar mentes e corações e construir um futuro diferente.

Queria também saudar a sugestão do Ver. Tarciso. Nós podemos, pela Frente, construir uma Emenda coletiva, Ver. Tarciso, para que sejamos nós dois os Vereadores, garantindo que no kit - Projeto de sua autoria - que todos os estudantes recebem na rede municipal também haja um livro de literatura, também haja belas histórias, e que cada estudante da rede municipal receba esse kit no momento da entrada na escola. Já tem o compromisso da nossa Frente.

Queria ainda dizer ao Ver. Toni Proença, um parceiro dessa longa jornada, do nosso reconhecimento por esse trabalho coletivo deste ano quando lutamos pelo Plano Municipal do Livro e Leitura, mas, sobretudo, ressalto que as nossas longas caminhadas junto com a ONG Cirandar, junto com as instituições, para ouvir a população, fizeram com que este Parlamento ajudasse na constituição do Plano Municipal do Livro e Leitura.

Nós temos um desafio muito grande aqui na Câmara Municipal, e agradeço a todas as Bancadas que se manifestaram. Temos o compromisso de buscar, o mais rápido possível, que este Projeto venha para o Parlamento, que o aprovemos o mais rápido possível, porque não é um problema de rapidez para o Parlamento, mas é um problema de rapidez para a sociedade, pois é uma dívida histórica que se tem com a leitura, buscando combater a desigualdade informacional e construindo uma Porto Alegre mais leitora.

Nós temos a diretriz, Presidente...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)...

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: ...Agradeço à Presidente, Verª Sofia Cavedon, pelo empenho que a Câmara Municipal deu na busca do Plano Municipal do Livro e da Leitura, disponibilizando todos os recursos possíveis. Tem que ficar registrado na história do Plano Municipal o apoio desta Câmara, desta Presidente, desta Mesa Diretora, à nossa luta.

Nós queremos dizer que a questão do prazo não é uma questão individual das maravilhosas entidades que estão na Mesa, ou nossa, dos bibliotecários, que buscam o chamamento dos concursados para garantir uma política de leitura nas comunidades, ou das bibliotecas comunitárias, que querem poder conveniar para atender às demandas de leitura, ou mesmo da Câmara Rio-Grandense do Livro, que faz a maravilhosa Feira do Livro. A nossa busca pela celeridade é uma dívida histórica para com a população porto-alegrense para que a gente busque, com a entrada do Plano Municipal do Livro e da Leitura, de fato, construir um projeto político de Estado para o livro e para a leitura, portanto, por uma Porto Alegre mais leitora....

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.) (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Este momento é superimportante e, novamente, a Câmara, Fernanda, nas palavras de todas as Bancadas, firma o seu compromisso, não só com o Plano, mas com o fomento da leitura. Encerramos com a despedida, mas, antes, falará a Lúcia para fechar este Comparecimento.

 

A SRA. LÚCIA YAN: Gostaria de agradecer a atenção e as palavras dos Vereadores e Vereadoras, a acolhida nesta Casa, a presença das comunidades das bibliotecas comunitárias, que vieram aqui em peso e nos presentearam com esses belos poemas das crianças. Quero agradecer, também, a cada membro, a cada um dos participantes desse GT na construção desse trabalho, que foi árduo, mas também muito prazeroso. E esperamos que, agora, ainda na Feira do Livro, possamos comemorar que Porto Alegre tenha, enfim, o seu Plano Municipal do Livro e da Leitura. É isso. Muito obrigada. Boa tarde. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada pela presença de todos vocês. Boa luta, boas leituras para a nossa cidade de Porto Alegre. (Palmas.) (Pausa.)

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, nossos ilustres visitantes na tarde de hoje, estou-me inscrevendo para informar à Câmara e à cidade de Porto Alegre que apresentei, agora, no final de semana, um Projeto que vinha sendo insistentemente pedido, com urgência, pelo Executivo Municipal e também pelo Executivo Estadual. E apresentei o Projeto em nome da Copa, na nossa Comissão da Copa, como Presidente. É um Projeto de Lei que trata da modificação da estrutura que temos em Porto Alegre sobre as nossas telecomunicações. E é certo que Porto Alegre precisa avançar nesse processo. Também é certo que foi aprovada uma Lei Federal, a de nº 11.939, de 2009, que estabeleceu limites para a implantação desses projetos nas nossas cidades, e o nosso Projeto tem esta Lei como suporte.

A Presidenta Dilma autorizou R$ 200 milhões para implantação nas cidades da Copa dos 4G, e estes recursos serão apresentados e têm um alto e grande cunho social, enquanto vai permitir a banda larga para a universalização desses serviços, cujo preço estimado seria de R$ 35,00 por mês.

Assim, o objetivo deste nosso Projeto é (Lê.): “Viabilizar a possibilidade de modernização e crescimento das redes de comunicação móveis, televisão e telecomunicações em nosso Município; garantir níveis de excelência na prestação dos serviços à comunidade porto-alegrense; viabilizar novos investimentos no Município; manter a preocupação com questões relacionadas à saúde; capacitar a legislação municipal vigente para a viabilização de grandes eventos no Município de Porto Alegre, dentre outros e principalmente a nossa Copa do Mundo de 2014”.

Então, estamos apenas comunicando que encaminhamos, na semana passada, este Projeto, e ele passa agora a tramitar aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente Sofia Cavedon, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste, que nos dá a honra da presença; meu caro Ver. Mauro Pinheiro, agradeço aqui o espaço da Liderança de oposição; Ver. Idenir Cecchim, que me honra com a sua atenção, como sempre; nós temos hoje, Presidente Sofia Cavedon, entre muitos eventos que ocorrem na nossa Cidade e os que já ocorreram agora na Casa, a primeira reunião, às 18h30min, na Sala 301 da Câmara Municipal, do Comitê Gaúcho Carlos de Ré, da Verdade e da Justiça.

Aprovada, recentemente, na Câmara dos Deputados, a Comissão da Verdade segue hoje para o Senado Federal, Ver. Airto Ferronato. Em todo o País estão sendo formados Comitês Estaduais, que são da Verdade e da Justiça e têm o objetivo de apoiar e pressionar a Comissão da Verdade a ser formada nacionalmente. O que se quer é o esclarecimento de uma etapa importante da História do Brasil, que até hoje não foi contada - e eu nem digo corretamente contada, não foi contada -: o período compreendido, Ver. Sebastião Melo, entre 1964 e 1985, da ditadura militar, que é um período que para o Brasil é motivo de reflexão e de obrigação de esclarecimento. Recentemente, a Corte Internacional de Direitos Humanos condenou o Brasil por ser o único país da América Latina, um dos únicos do mundo que saiu de uma ditadura militar, entrou no período da democracia formal e não fez a chamada justiça de transição. Não examinou, Ver. Idenir Cecchim, os crimes da ditadura, e isso foi motivo de condenação internacional.

A Comissão Nacional da Verdade será constituída por lei. Os Comitês são formados pela sociedade civil, não têm remuneração, não têm local de atividade, não têm estrutura nenhuma, mas têm a vontade dos militantes, de homens e mulheres, de fazer a sua parte no esclarecimento da verdade e na busca da justiça. Por isso, esta primeira reunião do Comitê, após a aprovação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei n.º 7.376, para nós é motivo de muita alegria e orgulho, porque é provável que sejamos os primeiros comitês do País a poder funcionar.

Temos muitas demandas, temos grandes expectativas e temos, acima de tudo, a nossa vontade de trabalhar, de buscar esse resgate histórico.

Nós queremos, sim, Verª Maristela Maffei, que, a partir do dia de hoje, tenhamos um Comitê da Verdade e da Justiça que efetivamente possa funcionar, possa operar e possa mostrar serviço ao nosso Estado e ao nosso País.

Reitero que não será nada fácil, porque nós não temos a estrutura de uma comissão, que já é pouca - a comissão é o pouco comparado com o nada que tínhamos. O nosso Comitê não tem sequer a estrutura de uma comissão, mas também não têm os seus limites. Se nós pudermos descobrir e mostrar fatos, apontar nomes, reconstruir esse período tão importante - aliás, tragicamente importante - da nossa história, cada um de nós, na nossa geração, terá cumprido a sua parte.

A comunidade internacional, hoje, olha com bastante atenção o que acontece no País e, com certeza, espera que nós tenhamos capacidade de dar respostas adequadas a demandas históricas tão importantes. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, estando Vereadora da cidade de Porto Alegre, eu quero, mais uma vez, falar sobre os problemas que dizem respeito à comunidade da Lomba do Pinheiro. Desde já, quero cumprimentar cada um e cada uma que aqui está hoje, lutadores daquela região da nossa cidade de Porto Alegre. (Palmas.)

Quero partilhar com vocês, antes de entrar no mérito da questão do Projeto dos taxistas, que nós, depois de muita luta, desde o Governo Lula, conseguimos conquistar, através do Ministério da Cultura, do Ministério do Esporte e do Ministério da Justiça, um complexo cultural de sete mil metros quadrados. Aqui temos o jornalista Francisco, do Jornal da Lomba. O aporte foi de R$ 3,5 milhões, um destinado para a Restinga, um para a Lomba e outro para Caxias do Sul, na mesma dimensão.

A Prefeitura Municipal de Porto Alegre ficou responsável pela execução e organização do Projeto. O que acontece? O responsável pelas articulações é o querido e competente Secretário Edgar, da Secretaria Municipal de Esportes. Como todos nós sabemos, a Secretaria Municipal de Esportes - Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, gostaria que tivessem a atenção igual à pressa com que vão buscar os votos na nossa região da Lomba do Pinheiro - não teve força, porque a SMOV, que deveria fornecer o técnico responsável para elaborar o projeto, disse que não poderia fazer. Foi o Secretário Edgar, Ver. Dib, atrás do Processo. E, Ver. Tarciso, que é ligado a essa área, sabe o que aconteceu? Ele conseguiu com a PROCEMPA. Tinha que derrubar aquele balcão que a qualquer hora podia cair na cabeça de alguém. Conseguimos a parceria, mas, como a parceria não era ligada à Prefeitura, a Prefeitura continuou e ninguém nos recebeu. Eu tenho documentos em mãos. Foi para o Jornal da Lomba, mas nem o Secretário Busatto nem o Prefeito nos receberam em tempo hábil, que era até o dia 15 deste mês. Reduziram para três mil metros quadrados, perdemos R$ 2,2 milhões! A Restinga trouxe para esta Casa o problema.

Eu peço aos Srs. Vereadores que estão nas negociações, preocupados com o ano que vem, que façam a denúncia conosco, com a mesma rapidez, porque o tempo urge, e tinha que ser protocolado o Projeto. E o Projeto foi protocolado apenas com três mil metros quadrados, tanto para a Restinga - e está aqui uma liderança de lá, que talvez nem saiba - quanto para nós. E está voltando dinheiro. Mas parece-me que há alguns Partidos que estão mais preocupados com as alianças para o ano que vem, em não brigarem com o Prefeito, do que virem aqui levar à frente esse problema! Isso me entristece, entristece muito, porque, na hora de buscar votos na Lomba do Pinheiro, ficam a coisa mais querida, conversando com vocês, mas não usam esta tribuna para ter a mesma postura que estou tendo agora. Eu não fui reeleita, sou Suplente, mas mesmo assim, estou aqui. E, mesmo que eu nunca mais seja reeleita, eu nunca deixarei de lutar pela minha comunidade e por Porto Alegre! Esta Casa tem que ser mais... (Termo suprimido por solicitação da oradora.), tem que se dar conta de que, quando nós trouxemos o plano aqui, Presidente, eu achei que já havia resposta, reunião marcada com o Prefeito, mas até agora não se viu nada. Alguns dizem que tem que ligar para a representante do Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre, Margarete Moraes, mas até agora não conseguiram falar com ela. O problema é aqui no Paço Municipal. Há pessoas se escondendo nessa história, com medo de que haja uma briguinha e prejudique as alianças do próximo ano! Vamos assumir isso aqui: ninguém fez nada! E nós estamos perdendo! Não é porque vocês estão aqui que eu estou fazendo este discurso. Ninguém fez nada, Ver. Dib!...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: ...Eu quero finalizar, dizendo que eu terei tempo, depois, para falar do Projeto dos taxistas, que estão aqui presentes. Mas eu queria partilhar com vocês que não fui omissa, porque estou Coordenadora da Comissão de Cultura, Esporte e Lazer da Lomba. Não fui omissa, mas tem muita gente que sorri, anota o telefone de vocês, mas na hora H, “na hora do pega para capar”, não aparece ninguém para realmente ajudar a resolver. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. DJ CASSIÁ (Requerimento): Sr. Presidente, eu reconheço todo o esforço da Vereadora como grande lutadora; eu só não concordo, até mesmo porque eu sou Vice-Presidente, com que esta Casa não seja séria. Esta Casa é séria e jamais se esconde dos compromissos com a sociedade. Eu gostaria que a nossa colega, por quem tenho grande respeito, retirasse da sua fala que esta Casa não é séria.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, se eu falei dessa forma, que esta Casa não é séria, eu gostaria de retirar a expressão; o que eu quis dizer é que esse assunto não foi encaminhado com a devida seriedade. Foi só isso, Srª Presidente. Se por acaso me expressei mal, eu peço desculpas e retiro a expressão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h54min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, de acordo com a priorização distribuída, nós teríamos que votar agora um Veto Parcial do Sr. Prefeito Municipal, mas este Veto pode ser votado na próxima Sessão, porque não trancaria a pauta.

Solicito, portanto, a inversão da ordem de votação dos Projetos, para que seja, de imediato, votado o PLE nº 016/11, referente à regularização dos serviços de transporte por táxi. (Palmas.) Declaro que a Casa fez um estudo com a celeridade devida.

E, por outro lado, Srª Presidente, quero fazer um Requerimento de Urgência para o Projeto de abono dos engenheiros, à semelhança do que acorreu com os outros Processos de igual teor. Saúde e PAZ!

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Dib, eu não entendi a segunda parte do seu Requerimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: O segundo é um Pedido de Urgência para o Projeto de abono dos engenheiros, à semelhança do que foi feito com outros Projetos. Então, hoje, temos o segundo dia de Pauta e, na segunda-feira, poderíamos já votar o Parecer na Reunião Conjunta das Comissões.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vamos por partes, então. Não há problema aqui, Vereador; apenas o Diretor Legislativo informa que coloca o Veto na frente para a gente saber que, a partir do trigésimo dia, fecha a Ordem do Dia. Nós, de fato, priorizamos o Projeto dos taxistas já na segunda-feira e informamos os taxistas, porque tínhamos este compromisso. Sabemos da sua luta, e será o primeiro Projeto a ser votado neste momento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: E o Requerimento de Urgência?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sobre o Requerimento de Urgência, eu vou chamar as Lideranças após a votação do Projeto dos taxistas, para acordarmos.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente Sofia, em nome do Partido dos Trabalhadores, quero dizer ao Ver. João Antonio Dib que damos acordo para que se vote rapidamente tanto o Projeto dos taxistas como o do abono dos engenheiros. Nós concordamos em fazer a Reunião Conjunta das Comissões e em termos a maior brevidade possível. Então, o Partido dos Trabalhadores dá acordo para o Ver. João Antonio Dib. (Palmas.)

 

O SR. MARIO FRAGA: Vereadora, da mesma forma que o Ver. Mauro falou, o PDT, através dos Vereadores da Bancada, também dá acordo para o Regime de Urgência. (Palmas.)

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, o PTB posiciona-se da mesma forma. (Palmas.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Presidente, seria uma coisa desnecessária, mas, como o Ver. Mauro Pinheiro veio “tirar uma casquinha”, todas as Lideranças vão fazer o mesmo. Nós damos acordo, sim. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): É necessário o acordo, porque vamos encurtar prazos. Então, é necessário o acordo de todas as Lideranças, sim.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, com todo o respeito a todos aqui presentes, o PPS também dá acordo. (Palmas.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vereadora, da mesma forma que os demais colegas e antecedendo todos os colegas que também vão dizer que apóiam o acordo, quero dizer que apoio o Regime de Urgência, para que enfrentemos este assunto com a maior brevidade possível. (Palmas.)

 

O SR. PEDRO RUAS: O PSOL dá acordo para o Regime de Urgência, Presidente. (Palmas.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, o PSDB também dá acordo ao Regime de Urgência. (Palmas.)

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, o PCdoB está de acordo, 100%. (Palmas.)

 

O SR. WALDIR CANAL: A Bancada do PRB também está de acordo. (Palmas.)

Em votação o Requerimento solicitando que o PLE nº 034/11 seja considerado em Regime de Urgência e seja submetido à Reunião Conjunta das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, eu gostaria de pedir que o Ver. Haroldo de Souza fizesse o Parecer das Comissões.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Há uma indicação do Líder do Governo de que seja o Ver. Haroldo de Souza. Há concordância dos demais Líderes? (Pausa.) Creio que sim. Então, o Ver. Haroldo de Souza será o Relator das Comissões Conjuntas, que serão instaladas na segunda-feira, e, depois, poderemos votar, na quarta-feira que vem, o Projeto dos colegas servidores engenheiros.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1401/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 016/11, que regulariza os serviços de transporte individual de passageiros por táxi, em face do disposto na Lei Estadual nº 9.641, de 26 de março de 1992.

 

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 28-09-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 016/11. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. ADELI SELL: Pela legalidade do Projeto, pela justeza do Projeto, vamos votar “sim”. Eu lastimo que uma entidade sindical tenha ficado contra a luta dos taxistas, mas aqui nós representamos o povo e estamos com vocês. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu fui incumbido, na Comissão de Constituição e Justiça, de ser o Relator, quando começamos essa grande discussão a respeito da legalidade ou não de o Município de Porto Alegre acolher, sem que houvesse um processo seletivo, os 11 prefixos de táxi que passaram para Porto Alegre quando daquele Projeto que mudou os limites de Porto Alegre, fazendo com que muitas regiões de Viamão passassem a pertencer a Porto Alegre.

Nós ouvimos muita gente; fomos conversar com vários representantes da categoria. O Ver. Adeli tem razão quando cita uma das entidades que se manifestou contrariamente - no caso, o Sintáxi, acredito eu que não por todos os seus integrantes - à vinda desses taxistas para se integrarem à frota de Porto Alegre.

Eu notei que a grande maioria dos taxistas de Porto Alegre era absolutamente favorável a que esses 11 prefixos da região da Lomba do Pinheiro ficassem em Porto Alegre. Nós tínhamos que estudar a legalidade. Não adiantava apenas a vontade, porque, sem um processo legal, o que pode acontecer, Ver. Adeli Sell, é que aqueles que não se conformam com esse processo podem ainda pleitear caminhos diferentes na Justiça.

Nós vimos, Ver. João Dib, V. Exª, que é Líder do Governo, que, quando os limites foram alterados, todos os serviços que estavam inclusos naqueles limites foram repassados para Porto Alegre; inclusive as escolas que estavam naqueles limites passaram a pertencer a Porto Alegre através de uma legislação que foi feita pelo Município de Viamão e que só pôde ser feita porque houve um acordo entre Porto Alegre e Viamão para que isso pudesse acontecer; senão, não poderia. Ora, se todos os serviços daquela região passaram para Porto Alegre, por que não os serviços de táxi? Mas aí houve uma outra alegação: que aqueles pontos de táxis que foram citados dentro do Processo, na verdade, não existiam todos ali, porque são três os pontos que são repassados para Porto Alegre e que, somados, dão 11 prefixos ao todo.

Nós fomos ver que a população daquela região reconhece os taxistas, e houve um argumento que, para mim, foi mortal, Ver. Pedro Ruas: uma liderança da região da Lomba do Pinheiro disse que nenhum taxista de Porto Alegre, quando chega na região da Lomba do Pinheiro, tem condições de levar o passageiro a todos os becos que existem na Lomba do Pinheiro. Aqueles 11 taxistas que são passados, agora, para Porto Alegre conhecem tão bem aquela região, que eles sabem, inclusive, o nome das pessoas que moram...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: ...e esses taxistas não teriam, então, nenhum problema para poder atuar naquela região.

É claro que nós não podíamos, como queriam algumas pessoas, fazer com que aqueles taxistas fossem fixados apenas naquela região. Não, eles passam a ser taxistas de Porto Alegre, eles vão trabalhar em todo o nosso território.

Então, depois de muita discussão na Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo meu amigo Elói Guimarães, nós chegamos à conclusão de que havia legalidade no Processo, e o Processo, então, andou com tranquilidade.

Eu acredito que, hoje, na Câmara Municipal, vai ser aprovado por unanimidade por parte deste Plenário, que acaba com uma discussão que vem de muito tempo e que, graças a Deus, eu acho que ganhou...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezada Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, Sindicato dos Taxistas e moradores da nossa querida Lomba do Pinheiro, esta Casa, hoje, vai sanar uma injustiça que vem de alguns anos.

Eu quero aqui fazer justiça, Ver. Cecchim: o nosso colega nesta Casa, o Ver. Renato Guimarães da nossa querida grande Bom Jesus, foi autor de uma Lei que resolvia esta matéria em 2004. (Palmas.) Eu já debati esta matéria aqui em vários momentos, em várias Comissões, e, por uma certa incompreensão, um dos nossos Sindicatos, pelo qual eu tenho respeito e carinho, acabou entrando com uma ADIn - Ação Direta de Inconstitucionalidade; e o Tribunal acolheu. O Prefeito Fortunati agora legitima, dizendo: “Já que o Tribunal diz que tem que ser vinda do Executivo, então, manda a Lei”.

Então, resolve. Eu acho que ganha a comunidade e ganham segurança aqueles taxistas que têm tudo a ver com Porto Alegre, se incorporam onde eles sempre estiveram.

Eu acho - e me permitam dizer a todos - que já está na hora de esta Casa, junto com a Prefeitura de Porto Alegre, dar um passo adiante sobre vários temas metropolitanos. Não há como melhorar a vida das pessoas numa cidade como Porto Alegre, se nós não avançarmos numa discussão mais global da Grande Porto Alegre.

Eu vejo algumas incongruências inaceitáveis. Quando se chega na divisa de Viamão, na reta final da Itapuã com Viamão, no Cantagalo, tem uma comunidade que tem quase mil famílias que estão a mil metros da água do DMAE e está a sete quilômetros da água da Corsan. E a “burrocracia” não permite que aquelas pessoas tenham água do DMAE. Isso é inaceitável! Eu estou fazendo este paradigma porque tem tudo a ver com o que está sendo discutido aqui.

Na divisa de Alvorada, tem o Arroio Feijó. Ficaram seis meses discutindo quem vai limpar o Arroio, se é a Prefeitura de Alvorada ou se é a Prefeitura de Porto Alegre. E as moscas invadindo as casas, Verª Maria Celeste! É possível isso? Quer dizer, as questões compartilhadas têm que ter uma visão comum no trânsito, no tratamento do esgoto, no serviço de táxi.

Eu quero dizer aos senhores que não é por culpa desta Casa, porque, por esta Casa, este assunto estava resolvido.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, quero trazer um outro fato que eu lamento que ocorra. Veja só V. Exª: a ADIn, quando invocada, provocada, alegou vício de origem. No meu modesto entendimento - modesto, sim -, o vício de origem teria sido sanado quando o Prefeito sancionou a Lei. Isso é lamentável! Precisamos falar isso, e o Judiciário, que assiste a este Canal - o Judiciário, como um todo -, precisa saber que nós estamos aqui fazendo o que já foi feito no passado, refazendo. Só isso. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Bernardino, nós tivemos o caso da Lei das Carroças, que teve um outro destino. A alegação do Sindicato dos Catadores é de que tinha vício de origem, mas o Pleno do Tribunal, o órgão especial do Tribunal entendeu, por uma larga maioria, naquele caso concreto, que podia ser de autoria de Vereador.

Eu encerro dizendo que a nossa querida Lomba tem um futuro magnífico. Esta Casa votou a operação consorciada, permitindo um regime urbanístico diferenciado. Muita coisa boa vai acontecer lá, como um parque tecnológico que veio para ficar. Apesar de alguns desvios que acontecem por lá, é um lugar maravilhoso. Portanto, vocês merecem demais, atrasadamente, e, com certeza, esta Casa reafirma o seu compromisso. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, comunidade aqui presente, primeiro, eu quero fazer um resgate, aqui, na figura do sempre Vereador desta Casa Renato Guimarães, que, na época, era Presidente da CUTHAB, da qual eu fazia parte. (Palmas.) Nós achamos melhor que fosse pela CUTHAB, porque era a Comissão que tratava disso; ele brilhantemente encaminhou este Processo, e é um amigo muito querido, inclusive da nossa comunidade.

A Lomba do Pinheiro, Ver. Cecchim, hoje, possui mais de 85.000 moradores; é maior em termos de população do que a Restinga, segundo o IBGE, Ver. DJ Cassiá. Ela é como um bicho-geográfico; a Restinga é densa, é densificada; a Lomba do Pinheiro já é uma extensão enorme.

Em 26 de março de 1992, fui morar na Rua Borba Gato - não vou entrar no mérito, nós ainda queremos mudar o nome dessa rua; há 31 anos estou naquela comunidade. Vejo aqui vários lutadores, mulheres e homens que participam daquela comunidade, conheço os rostos, os endereços, as pessoas.

É inadmissível... E acho que o Ver. Melo e Luiz Braz foram muito felizes, Ver. João Antonio Dib, colocando a história, porque não é preciso dizer novamente. O Saint’Hilaire era uma escolinha de madeira; o São Pedro era uma escolinha de madeira; os professores que lá estavam foram transferidos em uma composição, em uma discussão. Tudo foi, inclusive, nós; por isso é que vocês têm que me aturar até hoje sendo Vereadora de Porto Alegre, senão eu seria, talvez, Vereadora de Viamão. E estamos aqui; todos nós passamos, menos os taxistas.

Ora, quando o Sindicato veio alegar a inconstitucionalidade, e eles diziam que havia problemas de venda de placas, e, depois, quando houve aquele escândalo na Cidade a respeito da questão do Sindicato envolvido, inclusive, eu fiquei pensando: “Meu Deus, que vergonha!”. Acusaram os trabalhadores lá da vila, estão prestando um serviço, e os “caras” - não são todos, tem muitos seriíssimos, eu pego muito táxi nesta Cidade -, algumas cabeças estão comprometidas com a pior falcatrua que já aconteceu na cidade de Porto Alegre, e vêm falar mal dos trabalhadores dos táxis da Lomba do Pinheiro!

E foi muito bem colocado aqui: conhecem cada ruela, cada rosto, cada cidadão, cada cidadã; vivem, participam da nossa luta.

Nós discutíamos isso, na época, sobre que nós queríamos que fixassem ali.

Hoje, nós temos uma estratificação de classe, Ver. João Dib, na Lomba do Pinheiro. E o Consórcio Urbano Lomba do Pinheiro, que foi o primeiro do Brasil que colocou o Estatuto da Cidade em prática, conseguiu fazer com que nós tivéssemos, não somente pessoas empobrecidas, mas pessoas de outras classes sociais, até para que fizéssemos juntos o desenvolvimento daquela região. Nós não temos problemas com isso, graças a Deus que as coisas estão indo desse jeito.

Nós temos o Ceitec, a primeira indústria de chip da América Latina, lá, com reserva intelectual, hoje uma estatal do Governo Federal.

Nós temos 12 loteamentos que ainda estão em execução.

Eu lembro, Ver. Bernardino, que, à época, nós tínhamos apenas duas linhas de ônibus: uma de Viamão, o Catarina, que vinha de uma em uma hora; e o Pinheiro. O Governador Collares foi quem assinou o Decreto; e o Prefeito Olívio Dutra foi quem esteve lá para fazer o abraço da anexação.

Nós temos uma história! Nós somos protagonistas de uma história! Somos gente trabalhadora, culta, que interage com a Cidade.

A Lomba do Pinheiro, através do Conselho Popular, foi quem unificou as passagens junto com o Conselho da Grande Cruzeiro, a passagem única, Ver. Pujol, na cidade de Porto Alegre.

É uma história que nos deixa felizes por poder votar este Projeto hoje, não apenas para a Lomba do Pinheiro, mas que sirva de exemplo para a cidade de Porto Alegre, onde há gente unida, onde há compromisso com a Cidade.

Quero parabenizar o Prefeito Fortunati por ter encaminhado o Projeto para esta Casa, fazendo justiça; um homem sério como ele não poderia fazer diferente, fazendo valer...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: ...o que esta Casa sempre almejou e fez. Esta Casa fez a sua parte, e, agora, o Executivo Municipal também faz a sua. E nós vamos, novamente, retificar uma injustiça. Eu lamento que o Sindicato tenha tido essa postura, lamento profundamente!

Quero parabenizar o grupo jurídico que esteve à frente desta luta, os taxistas, que não arredaram pé um minutinho e toda a população da nossa grande e querida, nossa cidade Lomba do Pinheiro.

 

O Sr. Toni Proença: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Maristela, agradeço pelo aparte. Quero dizer que eu vou diminuir em cinco minutos esses 20 anos que eles esperam pela aprovação da Lei. Faço neste aparte a declaração do meu voto a favor da comunidade da Lomba do Pinheiro. (Palmas.)

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Parabéns, Vereador.

Deixo um abraço para vocês. Nós nos conhecemos, nós sabemos onde moramos, e podem continuar contando com esta Vereadora, mesmo Suplente, pois estou lá junto com a comunidade. O PCdoB vota favoravelmente! Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Verª Sofia Cavedon, Presidente desta Casa; demais Vereadores, Vereadoras, público do Canal 16, público das galerias, principalmente da Lomba do Pinheiro, é um prazer recebê-los. Taxistas, o nosso Presidente da Associação dos Taxistas Autônomos - Aspertáxi - Sr. Walter Barcellos; o Sr. Sadi Rocha Souza; o Seu Antônio; é com muito prazer que os recebemos. Tratamos hoje de um Projeto importante para a Lomba do Pinheiro e para a cidade de Porto Alegre.

Com certeza, hoje, vai-se fazer justiça e se cumprir o que já deveria ter sido feito no ano de 1992, quando Viamão e Porto Alegre passaram por um processo que mudou os limites, através do Governo do Estado. Esses taxistas, que não têm culpa alguma, foram jogados de uma cidade para outra. Hoje, tenho certeza de que com o nosso voto favorável - a nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores votará favoravelmente a este Projeto -, vocês terão a tranquilidade de poder trabalhar, no dia a dia, e atender bem a essa população que fica sem saber para que lado vai.

Verª Sofia, eu creio que sou mais antigo do que eles, porque a minha carteira de motorista de táxi é mais antiga do que a deles, Cecchim. Eu fui motorista desde 1984; com muito orgulho, eu dirigia o táxi do meu pai, e foi o meu primeiro emprego, quando fiz 18 anos. Então, Verª Maristela Maffei, eles são mais modernos.

Vamos estar juntos e votar favoravelmente a este Projeto para trazer a tranquilidade para esses 11 taxistas, que estão, desde 1992, sem saber o que iria acontecer.

Já houve um Projeto aprovado aqui e, infelizmente, veio a partir da CUTHAB, e, por vício de origem, acabou sendo perdido, mas hoje vai ser restabelecido, Ver. João Antonio Dib.

Vim aqui para dizer que podem contar com a Bancada do Partido dos Trabalhadores, com este Vereador. Estamos juntos com vocês para que possam ser integrados, o que já mereciam desde o ano de 1992. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós contamos aqui com a Presidente do Conselho de Cidadãos Honorários, a Maria Cecília, que está organizando o Seminário dos Cidadãos Honorários para aproximá-los da ação dos Vereadores, em 18 de outubro. E ela vai, agora, circular entre os Vereadores, entregando o cartaz do Seminário, que nós queremos que V. Exas ajudem a divulgar. Obrigada, Maria Cecília, pelo carinho e cuidado que tem tido com esta Casa. (Palmas.)

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores e senhoras presentes, taxistas; nós tivemos a oportunidade, lá na Comissão de Constituição e Justiça, de examinar a matéria no enfoque estritamente jurídico, legal. Convidamos, Ver. Luiz Braz, ambos os Sindicatos, tanto o Aspertaxi quanto o Sintáxi, que lá compareceram com os seus advogados; também a comunidade se fez presente lá.

Então, nós fizemos uma análise tranquila, uma análise jurídica. E não temos dúvida nenhuma de que se trata de uma situação que resguarda, sem favor, aquele ponto de táxi e, consequentemente, o direito dos taxistas a continuarem prestando os serviços à comunidade.

Além, Ver. Maristela, do aspecto jurídico, se agregam outros fatores de ordem social, de ordem sociológica ali, no envolvimento agregado à prestação do serviço, de parte das relações que se instalam. Na realidade, o que se deu? Desgrudou-se, transmutou-se uma lasca de território, um pedaço de território e, consequentemente, todas as atividades foram absorvidas por Porto Alegre.

Então, vejam bem, não bastasse a Lei Estadual que redefine o território... E o território, veja bem, o território é um componente da definição da entidade territorial; o País, os Estados e os Municípios; o território, vejam bem, é um dos componentes jurídicos a integrar exatamente a sua definição.

Então, por todos os títulos de ordem legal, por toda a visão que se possa colocar sobre o Processo, é acolhido, sim, com tranquilidade, o pleito dos taxistas.

Aqui já se fez justiça a um Vereador que legislou sobre a matéria, o Guimarães. Também se alegou, na Ação Direta de Inconstitucionalidade, a questão da iniciativa. Agora chega! Chega! A Casa, na consonância do entendimento jurisdicional, dá competência entregue ao Executivo.

Então, se trata de uma questão estritamente jurídica, que, sem favor, sem qualquer ordem que se possa ter, acolhe, sim, a iniciativa do Executivo, na medida em que ficariam os taxistas numa situação insustentável; perderam o território, perderam a base de sustentação. Com quem ficariam as autorizações? Viamão negaria, e juridicamente teria respaldo jurídico para negar, porque se desprendeu uma lasca de território que constitui, Ver. Pedro Ruas, na definição de ente jurídico de poder, os Estados, a União e os Municípios.

Portanto, fica aqui o nosso voto e a nossa homenagem à luta empreendida pela comunidade, pelos taxistas. Tem que haver, sim, a compreensão de parte do Sintáxi pela justeza, pela justiça que o presente Projeto encerra. Obrigado, Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. PEDRO RUAS: Minha cara Presidente, Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos dá a honra da presença no dia de hoje, meu caro ex-Vereador Renato Guimarães, eu tenho muito orgulho de estar tratando de um tema que o então Vereador Renato Guimarães tratou por muito tempo, com muita eficácia, Ver. Fernanda Melchionna, com muita competência, Verª Maria Celeste. Para nós, sendo S. Exª um militante do PSOL, nos dá muito orgulho, que o Renato tenha tido esse trabalho, e agora é reconhecido e encaminhado - disseram bem aqui os Vereadores Sebastião Melo e Elói Guimarães - pelo o Executivo Municipal, dando, Ver. Luiz Braz, o formato jurídico exigido para uma luta social da maior relevância, que interessa a esses homens e mulheres aqui presentes, aos que não estão presentes e interessa a Porto Alegre como um todo.

Para nós, particularmente, para mim e para a Ver. Fernanda Melchionna, há um dado a mais, sim. Além de ser justo o Projeto, além de ser meritório - e é do Executivo Municipal -, ele traduz, resgata essa luta de muito tempo e de muita eficácia, dedicação e competência do nosso companheiro Renato Guimarães. Eu faço aqui este registro, porque, evidentemente, nós vamos votar favoravelmente ao Projeto. Nós já lutamos na CUTHAB pela celeridade do Projeto, e aqui quero agradecer a cada um dos Vereadores que integram a nossa Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação; aos servidores, à Liene, que nos ajudou muito - o Renato sabe disso - a poder dar uma tramitação ágil a um Projeto de Lei dessa natureza. Conheço a situação, conheço o trabalho que foi feito lá, conheço aquilo que há de necessidade em Porto Alegre, e mais recentemente, conhecemos os problemas que ocorrem nessa concessão pública, que é o serviço de táxi em Porto Alegre monopolizado por alguns setores da sociedade, alguns indivíduos ou empresas, que são justamente aqueles que combateram a ideia do Projeto agora. Pessoas ou empresas, Ver. Todeschini, proprietários de muitas placas em Porto Alegre, verdadeiras organizações milionárias, que estavam combatendo um direito legítimo, na verdade, óbvio, dessas pessoas, que há 20 anos esperam o reconhecimento.

Por isso, nós temos a alegria de poder ter hoje a votação. O Prefeito andou bem ao encaminhar o Projeto, da forma adequada e, acima de tudo, o Prefeito reivindica a luta eficaz e socialmente justa do nosso companheiro Ver. Renato Guimarães.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. PEDRO RUAS: Com muito prazer, concedo um aparte à Verª Fernanda Melchionna.

 

A Srª Fernanda Melchionna: Obrigada, Ver. Pedro Ruas. Eu queria, muito rapidamente, para ajudar na votação, cumprimentar os trabalhadores e trabalhadoras taxistas que estão aqui, numa luta de quase uma década, para a garantia de um direito, que é o direito ao trabalho, o direito de trabalhar na nossa Capital, Porto Alegre, como fizeram durante muito tempo. E me parece muito importante reconhecer o trabalho realizado anteriormente, porque muitos lutam, e, às vezes, a história tira muitos desses protagonistas. Os trabalhadores são protagonistas da sua luta; o ex-Vereador e sempre Vereador desta Casa Renato Guimarães é um exemplo e foi um exemplo de Presidente da CUTHAB; eu não estava Vereadora e já conhecia o trabalho do Vereador. (Palmas.) Devemos reconhecer também o trabalho do Ver. Romer, de Viamão, nosso companheiro do PSOL, que lá por Viamão tentou ajudar a luta dos trabalhadores e trabalhadoras - ele esteve aqui, precisou sair, pois tinha outro compromisso. Nós precisamos de guerreiros e guerreiras que conquistem e garantam direitos. Parabéns pela luta de vocês, parabéns para esta Câmara, que, espero, aprove o Projeto por unanimidade. Aproveito para me inscrever e conceder o tempo para V. Exª, porque acabei consumindo o seu tempo com a minha intervenção. Muito obrigada, Ver. Pedro Ruas.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas continua a sua manifestação de discussão do PLE nº 016/11, a partir deste momento, por cedência da Verª Fernanda Melchionna.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu é que agradeço, Verª Fernanda Melchionna, nem utilizarei todo esse período.

Quero também aproveitar para fazer um encaminhamento, para não precisarmos fazê-lo depois. Ainda estamos em período de discussão, o Renato Guimarães conhece bem esse sistema. Temos agora a discussão e, depois, o encaminhamento. Mas anteciparemos partidariamente o encaminhamento do PSOL: a Verª Fernanda Melchionna e eu votaremos favoravelmente, é óbvio, ao Projeto, repito, que é do Executivo, é um Projeto meritório e que traz, no seu conteúdo, uma luta histórica.

Quando a Fernanda Melchionna, nossa Vereadora, faz referência, Verª Sofia Cavedon, àquele trabalho que fazemos é porque temos mandato, temos um período em que ficamos aqui, Ver. DJ Cassiá, e, depois, talvez fiquemos ou não; são circunstâncias que modificam a nossa vida, estarmos ou não aqui na Câmara Municipal, mas acho muito importante quando a Casa tem a oportunidade de registrar e homenagear o trabalho de alguém que já não está com o mandato, como muitos de nós não estivemos ou não estaremos, mas que continua vendo o seu trabalho frutificar, como é o caso do Renato Guimarães. Eu fico muito alegre mesmo com este registro e muito empenhado na aprovação imediata de um Projeto que é justo, que resgata um trabalho importante e que aponta para o futuro desses trabalhadores, dessas trabalhadoras, dessas famílias e um conceito maior de Porto Alegre. Um abraço a todos. Pela aprovação! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos acompanha aqui, mais precisamente o da Lomba do Pinheiro, da comunidade São Tomé e da Planalto, que são exatamente as comunidades na divisa de Viamão; nós acompanhamos isso desde 1992, quando houve a transferência territorial dessa área, e percebemos que muitas coisas foram feitas, como pavimentação, unidade de saúde, PSF, mas muitas coisas ficaram a desejar, dentre elas, essa questão da transferência, Ver. Todeschini, da titularidade dessas placas. Na verdade, houve uma época, Ver. Antonio Dib, que chegaram a propor ao Sadi que pintassem os táxis de preto - um verdadeiro absurdo -, porque seria uma das formas de dizer que não pertenciam a Porto Alegre. Não sei se foi sugestão do Sintáxi, mas é lamentável que isso possa ter acontecido. Enfim, são 11 taxistas, são 11 famílias que, desde 1992, vivem esse drama, e o Projeto de Lei resgata, talvez, uma das coisas mais importantes para essas famílias, que é a titularidade e a transferência para os herdeiros, porque eram impedidos de fazer isso. Agora, o Projeto de Lei permitirá que a titularidade seja transferida para herdeiros, uma coisa que em todos os lugares se faz, porque o patrimônio, a placa, com certeza, é da família, é daqueles que dela sobrevivem, porque dali sai a renda para poderem continuar a vida e assim por diante.

Quero saudar o Sr. Sadi, o Sr. Vilmar, o Paulo, o Jorge, o Roberto, o Vando, o Lorenito e dizer que essa iniciativa, inclusive, é da época do Renato, de 1994, quando era companheiro nosso de Partido; hoje, o seu trabalho é em outro Partido, mas tem que ser reconhecido.

Enfim, quero me somar a essa ideia do Governo Municipal que regulariza essa situação pendente e dizer que é de extrema importância, sim, que essas famílias fiquem em paz, trabalhem em paz, que reproduzam uma frase que está colocada nas galerias: “Só queremos trabalhar”. Sucesso, e que Deus os acompanhe, para que vocês possam terminar com esse drama que vocês vêm passando. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Vereadoras, público que nos acompanha nas galerias, ex-Vereador Renato, um grande abraço; as lideranças, os sindicatos, o Antônio, o Valter, os demais, já nominados pelo Ver. Oliboni; não vou me alongar, mas tenho que fazer o registro de que muitas questões poderiam ter sido resolvidas há mais tempo. Eu não concordo com essa ideia de que seria só um problema de burocracia. Muitas vezes, é uma questão de vontade política e de querer dar uma solução. E não faltou essa vontade por parte da Câmara, uma vez que nós já aprovamos um Projeto para o qual foi alegado vício de origem por parte do Sintáxi. E quero aqui fazer um registro: infelizmente, esse Sindicato, o Sintáxi, não representa a maioria dos taxistas em Porto Alegre; representa a minoria de uma Diretoria que tem prestado vários desserviços, tem sido um elemento não de união, mas de discórdia e de patrocínio de interesses que não são os da categoria e da maioria dos trabalhadores dos serviços de táxi de Porto Alegre. Essa é a realidade. Nós podemos constatar isso, inclusive, nos instrumentos, nos boletins distribuídos de responsabilidade daquela Diretoria. E aqui é mais um caso: através de uma ação judicial, essa entidade que penso, também, defende empresas, defende os grandes, mas não defende os interesses da categoria e dos trabalhadores em especial, o que tem levado a vários prejuízos. E não tem sido diferente com as discussões e com vários encaminhamentos que tínhamos que ter dado aqui e não foram dados, porque a Diretoria, o Presidente dessa entidade é sempre elemento de desacordo, de travamento das questões aqui. Então, agora penso que nós chegamos, pelo menos neste ponto, à conclusão de uma etapa com final feliz. Parabéns! Vamos aprovar o Projeto. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Há mais cinco Vereadores inscritos, para os taxistas saberem. Essas inscrições não são um desprestígio, é porque foi uma luta tão longa, com tantos envolvimentos e tão importante para tantas famílias, que a discussão é para valorizar essa conquista.

O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, comunidade e trabalhadores da Lomba do Pinheiro; eu vou ser bem breve. Eu vim para esta Casa com uma missão: defender e defender sempre o trabalhador, porque até acho que, antes de Partido, temos o compromisso com a sociedade. E eu quero ser bem breve aqui. Quero ser breve, quero ser rápido, porque a luta de vocês já vem há muito tempo, e eu acho que vocês devem hoje voltar para a comunidade de vocês cedo, para comemorar essa vitória de vocês.

Quero aqui também dar os parabéns, não poderia ser diferente, ao Prefeito desta Cidade, que imediatamente assimilou e, da mesma forma que nós pensamos, entendeu que esse direito de vocês já deveria ter sido atendido há muito tempo.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço ao Ver. DJ Cássia, cumprimentando a comunidade da Lomba do Pinheiro, os taxistas, o nosso sempre Vereador Renato Guimarães; também quero cumprimentar o Prefeito José Fortunati e esta Casa, principalmente pela atitude que tomou fazendo justiça às pessoas que estavam sendo injustiçadas, que eram os taxistas. Por isso, o PPS vai votar a favor e acompanha todos na mesma proposição. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. DJ CASSIÁ: Obrigado, Ver. Paulinho. E, para concluir, não poderia ser diferente. O meu voto, quando se reivindicam as causas dos mais desfavorecidos, sempre vão ter, podem ter certeza! Vim para cá para representar os mais desfavorecidos. O meu voto é “sim”, “sim”! Se eu pudesse votar 10, 20, 30, 40 vezes, eu votaria a favor de vocês. Parabéns a vocês! E parabéns ao Prefeito José Fortunati, e parabéns a esta Casa! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Verª Maristela Maffei, que está conosco, exercendo o seu mandato; público que nos assiste nas galerias e público que está lutando por este Projeto dos taxistas; eu, pela Bancada do PDT, estou discutindo, mas não é uma discussão: é um encaminhamento favorável; e o Ver. Tarciso, Vice-líder do PDT, também nos apoia e votará favoravelmente.

Mas eu precisava fazer um esclarecimento. Quando este Projeto chegou na Casa, há muito tempo, o hoje Secretário da Copa João Bosco Vaz foi ao meu gabinete e falou comigo para cuidarmos do Projeto. Então, eu faço esta referência, porque é da minha índole. O primeiro a falar comigo sobre este Projeto foi o Vereador, Secretário hoje, João Bosco Vaz. E, em outra oportunidade também, o Prefeito José Fortunati que estava nos visitando na minha comunidade, Belém Novo, disse: “Mario, nós vamos buscar justiça àqueles taxistas que estão lá”.

Então, hoje, eu venho fazer este relato e dizer que, com certeza, o PDT está com vocês. Boa sorte em Porto Alegre, agora! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu serei breve, Presidente Sofia Cavedon, evidentemente que votaremos favoravelmente, claro, mas eu vou retomar o assunto do aparte que pedi quando o Ver. Sebastião Melo se pronunciou.

Ver. Reginaldo Pujol, que é um advogado competentíssimo, como há outros tantos aqui, Ver. Elói Guimarães, que é o meu Presidente da CCJ, Ver. Luiz Braz, enfim, todos os companheiros da CCJ, eu acho que é um desperdício, e nós precisamos ter coragem de fazer crítica ao Ministério Público, ao Judiciário, a todas as entidades, a todos os segmentos, quando, no entendimento de cada um, merecem crítica. Dizem: “Há jurisprudência e não sei o quê”. Nós estamos refazendo, desnecessariamente, aquilo que já foi feito. Este é o meu entendimento.

Para aqueles que não estão tendo uma compreensão clara, vou esclarecer: no passado, um Vereador, que está aqui presente - já foi citado o nome dele várias vezes, certamente ele vai ser candidato a Vereador, e que bom que seja, porque ele é um Vereador trabalhador, competente -, propôs um Projeto, e a omissão, dita aqui nesta tribuna, foi do Prefeito da época, certamente, porque não é do Prefeito de hoje, que é o Fortunati, que não está sendo omisso; se há alguém que foi omisso foi o Prefeito da época. Bom, o Vereador propôs, e o Prefeito sancionou. Entendo que o vício de origem estaria resolvido, mas há o entendimento de que não se sana o vício de origem com esse entendimento. Eu respeito, mas permaneço fazendo crítica; é um desperdício estarmos aqui, hoje, tratando desta matéria novamente.

Cumprimento o Walter, que está aqui, que representa o segmento dos taxistas.

Quero fazer uma defesa ao Nozari, que não comprou o cargo dele lá; ele foi lá porque os representantes dos taxistas também votaram nele.

Muitas vezes, nós, aqui, criticamos os nossos eleitores porque eles não lembram em quem votaram. Faço também uma crítica aos eleitores taxistas. Se há alguém que tem que ser responsabilizado não é o Nozari; ele está representando a sua diretoria; não é da cabeça dele, e não é, única e exclusivamente, pela sua vontade que ele é Presidente, é porque alguém votou nele. Em razão de sua ausência hoje aqui, eu faço esta defesa em respeito a ele.

Registro às pessoas que são do bairro Lomba do Pinheiro - e aqui vejo os vizinhos lá da Dona Maria, aquele senhor que mora do lado da cada do Sr. João - que a Maristela Maffei é a legítima representante do bairro Lomba do Pinheiro. Se há alguém que representa o Bairro nesta Casa é a Verª Maristela Maffei, quero fazer justiça a ela. Espero, Maristela, vê-la como Vereadora titular desta Casa. Tu mereces, pelo teu trabalho, por ser uma Vereadora combativa.

Ver. DJ Cassiá, só para finalizar, precisamos fazer justiça com o Prefeito Fortunati. Ele encaminhou o Projeto para cá, só isso. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezada Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que nos assiste, caros taxistas, o assunto já foi por demais discutido aqui, mas é importante relembrar e colocar algumas coisas que já foram ditas. Aqui foi colocada a própria questão de um dos sindicatos, mas eu acho que a função do sindicato, muitas vezes, também é essa. Lembro que, em Porto Alegre, quando ocorreu recentemente o sorteio dos lugares no Aeroporto, também foi um pânico. Na realidade, foi julgada a improcedência: este Projeto tinha que vir do Legislativo ou do Executivo? E foi constatado vício de origem.

Vejo aqui o nosso ex-colega, Renato Guimarães. Talvez, Renato, naquela época, a era da base do PT, se tivéssemos conversado com o então Prefeito João Verle, poderíamos ter resolvido este assunto, há sete anos. Na realidade, hoje não cabe mais saber se a culpa é de A, B ou C.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. Alceu Brasinha. Inaudível.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Não, não é a questão. Hoje, nós temos é que zerar este processo, partir para uma vida nova e colocar o seguinte: na realidade, o pessoal já circula lá. Agora, é só dizer amém e dar tranquilidade para que eles possam não ter um ranço antigo, para que eles possam dizer que não estão na clandestinidade, que estão legalizados. É isso que se quer!

Foi colocada aqui a questão das escolas. Lembro que as duas escolas - a Escola São Pedro e a Escola Municipal Ensino Fundamental Saint’Hilaire -, realmente, eram escolas municipais. Lá, os professores da Rede Municipal de escolas de Viamão, ao serem transferidos, automaticamente começaram a fazer parte da Rede Pública Municipal. Eu quero dizer que um professor do Município de Viamão ganha três vezes menos do que ganha um professor em Porto Alegre. Os imóveis da Lomba do Pinheiro, quando deixaram de ser de Viamão e ficaram sendo de Porto Alegre também mudaram suas características para melhor, ficaram mais valorizados. Então, o que nós queremos hoje, aqui, é só dizer aos 11 senhores taxistas: parabéns e, hoje, esta Casa vai zerar esse processo, porque veio um Projeto do Executivo. Parabéns, e somos totalmente favoráveis ao Projeto. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, pessoal que está aqui desde cedo, eu acho que, hoje, nós estamos fazendo justiça, como todo mundo já disse. Uma pena que esta justiça já não se fez dez anos atrás. Talvez, por isso, o Ver. Renato Guimarães não esteja no mesmo Partido, porque não ajudaram a fazer justiça na época.

Eu quero, também, fazer uma justiça, Walter, saudando todos os taxistas, a um escritório de advocacia - e eu quero dar um testemunho: Mendonça Advogados. Eu não sei se tem alguém do Mendonça Advogados aí, mas quero dizer que esse escritório não tem só o seu trabalho jurídico. Eu vi sempre o Mendonça Advogados em todos os lugares, e eu mesmo o recebi lá na SMIC, quando fui Secretário daquela Secretaria. Eu estive na Lomba do Pinheiro e, na época, eu disse que não poderia me comprometer, porque eu não sabia se teria força. Agora, o que eu posso fazer, e a nossa Bancada do PMDB também, é votar favoravelmente ao Projeto. Então, esta justiça eu queria fazer para todos vocês e para o escritório Mendonça Advogados, que fez um trabalho, além de jurídico, de militância, com todos vocês. Um abraço a todos e vamos logo aprovar o Projeto. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, evidentemente um Projeto dessa natureza, que mereceu aprovação unânime de todas as Comissões da Casa, minha cara Verª Maristela Maffei, tem algumas razões que justifiquem que tantos Vereadores tenham vindo à tribuna externar o seu apoio, a sua solidariedade e, mais do que isso, tenha transitado por três importantes Comissões da Casa e merecido, em todas elas, aprovação de forma unânime. Veja bem que a única restrição que poderia, de certa forma, pôr em dúvida a unanimidade era o meu voto na Comissão de Justiça, em que eu, por cautela, aprovei, com restrições, o magnífico Relatório do Ver. Luiz Braz, que esclarece as mais elementares dúvidas que poderia haver sobre o Projeto. Chegando eu, naquele momento da votação, e sendo submetido a votar, queria me resguardar de eventual dúvida que eu pudesse ter pelo mérito.

Hoje, qualquer dúvida é superada, até porque acho que o Prefeito, com sua assessoria, foi muito sábio na redação do texto, ao colocar que está sendo regularizada uma situação e não legalizada - porque legal há muito tempo é. No momento em que se fizeram as alterações dos limites territoriais entre Viamão e Porto Alegre, as coisas que vieram para Porto Alegre ou que foram para Viamão não eram só as coisas materiais: em cima dessa área, havia gente, havia pessoas trabalhando, pessoas morando, e elas não poderiam ser desconsideradas. Da mesma forma que as escolas foram transferidas de um lado para outro, umas se municipalizando lá em Viamão, outras aqui em Porto Alegre, também os serviços de táxi deveriam ter idêntica situação.

Agora, evidentemente, não é preciso que eu diga para os moradores da Lomba do Pinheiro, para os taxistas aqui presentes, para o nosso eterno colega Renato Guimarães que eu vou votar a favor, porque todos nós vamos votar a favor - não preciso dizer.

Eu só quero dizer aos colegas Vereadores, de uma forma muito enfática, que acho que esse exemplo do dia de hoje nos impõe, Verª Maristela - V. Exª que é moradora da Lomba do Pinheiro, que tem a sua base eleitoral naquela área e que a defende com unhas e dentes nos seus interesses -, que nós tenhamos com a cidade de Porto Alegre e com a vida democrática uma obrigação, Ver. Idenir Cecchim. Em situações análogas a esta, em que a Casa vota, Ver. Bernardino, em que o Prefeito convalida a nossa decisão, nós não podemos nos dobrar na primeira decisão que o Judiciário tem, contrária à nossa posição. Temos que esgotar as instâncias, não podemos nos dobrar nesse particular. Isso é um erro histórico que nós temos cometido ao longo do tempo e que precisamos alterar. É da nossa omissão que tem surgido toda essa confusão enorme que ora as coisas valem, ora deixam de valer.

Por isso, cumprimento os moradores da Lomba do Pinheiro aqui presentes, as suas lideranças, os taxistas que terão regularizada, de uma vez por todas, essa situação. E apelo aos companheiros Vereadores: vamos evitar que outras tantas comunidades tenham que esperar tanto tempo para serem justiçadas, como estão sendo justiçados agora os taxistas de Viamão.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, senhores taxistas, devido à aproximação que eu tenho com os táxis - e todos sabem disso - eu quero dizer para vocês que eu tenho muito orgulho de vocês, taxistas! Eu viajo bastante e costumo pegar táxis em várias cidades, e elas não têm um serviço tão qualificado, igual ao de Porto Alegre! Não têm! E é o serviço mais barato do Brasil. Em Curitiba é um horror de caro! Porto Alegre tem um serviço qualificado, profissionais de primeira qualidade, e eu tenho orgulho de vocês! Eu costumo brincar com os taxistas, brinco que tem mais taxista gremista, mas tem muitos colorados, com certeza!

Quero dizer para vocês que essas autoridades que têm a mania de bater em táxi, eu não estou nem aí para elas, porque elas gostam de bater nos pequenos. Por que não batem nos grandes? Aí eles “pegam no pé” de todo mundo. Eu quero dizer a vocês, taxistas: eu não voto duas vezes porque eu não posso; votaria, com certeza. Tenho o maior respeito por vocês! Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLE nº 016/11.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, comunidade presente.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu só acabei esquecendo de cumprimentar o advogado, o Dr. Mendonça, que é meu amigo particular, que está aqui acompanhando a equipe. Então, por favor, os nossos cumprimentos. (Palmas.)

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Feito o registro, a nossa saudação a todos e a todas que estão aí. Em pouquíssimas palavras, eu me inscrevi para dizer, em meu nome particular e em nome do meu Partido, que estamos aqui para votar favoravelmente ao Projeto, que, na verdade, é uma reivindicação antiga que a comunidade tem. Em se votando favoravelmente a este Projeto, estamos reconhecendo, em primeiro lugar, a importância daquele serviço que se presta lá na comunidade; em segundo lugar, a presença de vocês que estão aí; em terceiro lugar, a mobilização de toda a população da Lomba do Pinheiro nessa luta. Trazendo um abraço a todos, este é um voto de reconhecimento às lutas que as nossas comunidades fazem em prol de conquistas que sejam boas para as suas comunidades. Um abraço. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o PLE nº 016/11. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. (Palmas.)

Parabéns aos taxistas e às suas famílias por sua bela luta.

Esperaremos uns minutinhos para que vocês possam confraternizar. Queremos parabenizá-los, porque a sua persistência e a sua luta incansável é que conquistaram este momento histórico. (Pausa.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1309/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 010/11, de autoria do Ver. Toni Proença, que concede a Comenda Porto do Sol ao senhor Júlio Silva de Oliveira.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 10-08-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PR nº 010/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos trabalhos.)

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 059/11 – (Proc. nº 2767/11 – Verª Sofia Cavedon) – requer Moção de Solidariedade com o Deputado Luis Fernando Schmidt, pela PEC de sua autoria, que legisla sobre a utilização da água pelos municípios.

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação o Requerimento nº 059/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Srs. Vereadores. Estaremos, então, apoiando a aprovação da defesa da água como um bem público.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1071/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/11, que autoriza o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) a desafetar e alienar imóveis de seu patrimônio.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 15-08-11;

- discutiram a matéria os Vereadores E. Comassetto e L. Braz.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 013/11 (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, por solicitação da Verª Fernanda Melchionna, o PLE nº 013/11 (Pausa.) Solicito o fechamento do painel. Algum Vereador não conseguiu votar? O meu voto é Não. São 17 votos SIM, 03 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES, não alcançou...

 

(Manifestação do Ver. João Carlos Nedel, fora do microfone.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Calma, Ver. Nedel! Eu perguntei se alguém não havia conseguido votar! Ver. Professor Garcia, como vota Vossa Excelência?

(Manifestação do Ver. Professor Garcia, fora do microfone.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia votou Sim. Ver. Nilo Santos, não dá para chegar agora. Está encerrada a votação: 18 votos SIM, 03 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES. Está REJEITADO.

 

(Manifestações fora do microfone. Inaudíveis.)

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, eu quero trocar o meu voto de Abstenção para Não. Eu estava aqui no plenário, votei Abstenção, e estou trocando o voto dentro do período regimental.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, mas eu já havia fechado. O Projeto foi Rejeitado.

 

O SR. NILO SANTOS: Quer dizer que eu não posso votar, Srª Presidente? Pela primeira vez, nesta Casa, um Vereador será excluído? É isso?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador, nós temos um Regimento, e eu fechei o painel depois de 1 minuto e 35 segundos.

 

O SR. NILO SANTOS: É possível renovação de votação, Srª Presidente?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Só um instante, vou consultar o Diretor Legislativo sobre qual foi a diferença de votação. (Pausa.) Como faltou um voto, é possível solicitar renovação.

 

O SR. NILO SANTOS (Requerimento): Solicito a renovação de votação do PLE nº 013/11. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Aguardo o seu Requerimento por escrito, Ver. Nilo Santos.

 

O SR. NILO SANTOS: A Verª Celeste disse que nós estávamos distraídos.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, eu mesmo não consegui votar no meu terminal, e estava o Ver. Nilo Santos e o DJ Cassiá. Isso não é possível, Vereadora, acontecer!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Alceu Brasinha, está registrada a solicitação de renovação de votação.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Quantas vezes acontece nesta Casa de esperar até mais de três minutos? Agora, a senhora não quer acatar.      

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Brasinha. Eu quero apenas lhe dizer que quando é um Projeto que tem consenso, a gente não segura o relógio; quando há disputa, vale o Regimento.    

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Verª Sofia Cavedon, eu lamento muito a sua atitude. A senhora teve imensa pressa em fechar. E, quando a senhora perguntou, vários levantaram, e a senhora baixou a cabeça. Srª Presidente, eu lamento muitíssimo. Eu só queria dizer que a época da ditadura já passou, Srª Presidente. Por favor, não faça mais isso.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Nedel. Eu apenas baixei a cabeça para verificar se o meu voto tinha entrado aqui. Eu estava cuidando para ver se algum Vereador queria votar.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, vamos terminar com esta polêmica, já fiz o Requerimento, já está assinado, para a renovação de votação.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu achei importante, razoável e de bom-senso esta colocação final do Ver. Nilo Santos. Mas quero registrar a minha inconformidade com outras colocações, como a do Ver. Nedel, porque V. Exª conduziu e tem conduzido com muita seriedade e precisão o processo de votação. Não é possível passar uma tarde inteira aguardando que venham os Vereadores; lugar de Vereador é no plenário. Obrigado, Vereadora.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado. Pessoal, vamos para o próximo Projeto.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu reitero a minha colocação e digo que estou envergonhado por esta Casa ter feito esta votação que a senhora dirigiu. O seu voto, Srª Presidente, deveria ser o primeiro voto, a senhora está presidindo. E a senhora quis ser o último voto, não é adequado, Srª Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nedel, o seu registro não havia sido retirado.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, a senhora sabe qual foi o tempo? Não foi nem um minuto, Vereadora. A senhora deveria olhar, porque não foi nem um minuto. Foi muito rápido, nós estávamos distraídos ali.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, inclusive, no painel: 1 minuto e 35 segundos.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Querida Vereadora, é lamentável que a senhora tenha adotado esse sistema.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Esse é o sistema do Regimento, Ver. Brasinha.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, eu não quero criticar ninguém, as coisas acontecem, V. Exª deu o prazo de 1min30seg, não vou discutir. Mas não é o primeiro caso em que houve dúvida. Nós tivemos aqui Vereadores fora do plenário trocando confraternizações com 11 taxistas e, de repente, não seria a primeira vez que nós fazemos uma nova votação com todos os Vereadores no plenário - não seria a primeira vez. Por isso, eu estou pedindo a V. Exª que volte a conferir, porque houve dúvidas em todo o Plenário. Não há por que fazer agressões a V. Exª, acredito que não, mas, de qualquer forma, estou pedindo isso a V. Exª, porque não é a primeira vez que isso ocorre, há poucos dias ocorreu isso.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Dib, nós temos um procedimento regimental, que é o da Renovação de Votação.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu fico satisfeito com o cumprimento do Regimento. Assim como quarta-feira é o dia destinado à Ordem do Dia, eu estou procurando o dia da ordem, porque não tem ordem, estou procurando isso aí! Nós passamos mais de uma hora discutindo Plano Municipal do Livro e da Leitura, evidentemente a leitura é importante para a Cidade, mas esse tema poderia ser abordado na quinta-feira, que é o dia destinado para isso. Meus cumprimentos ao Regimento Interno!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente, é lamentável, não dá para aceitar que tenhamos reclamação quanto à condução dos trabalhos pela Presidente desta Casa quando simplesmente ela cumpriu o Regimento. Se o Vereador vem aqui e diz que não foi cumprido o Regimento, que comprove. O painel foi aberto, houve 1min30seg; o Vereador que não está no plenário está faltando; então, a Presidente cumpriu o Regimento. Se os Vereadores estão em desacordo, que se faça dentro do Regimento. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo Santos está com a palavra.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, já encaminhei o pedido de renovação de votação, acredito que esta matéria já esteja sanada. Com relação ao Regimento ou à ordem no plenário, pelo que a senhora está zelando tanto, quero bater nessa tecla que o Ver. João Dib bateu agora, que é a questão do que ocorreu no início desta Sessão. A matéria é importantíssima, mas o horário não é o de costume desta Casa, nem o dia: hoje é quarta-feira, é o dia de entrarmos diretamente na Ordem do Dia; afinal de contas, é isso o que fica acordado nas reuniões de Liderança; no entanto, nós tivemos Grande Expediente. Comparecimento, sim, num dia equivocado! Srª Presidente, por favor, estou lhe fazendo um pedido: depois analise as notas taquigráficas, porque nós tivemos Grande Expediente durante o Comparecimento. E isso não é aceitável, Srª Presidente, porque se perde o controle e, depois, se quer controlar e não há mais como.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo, apenas para lembrá-lo - inclusive, a Verª Fernanda Melchionna estava presente, na reunião de Mesa e Lideranças - que nós aprovamos o comparecimento do Grupo de Trabalho nomeado pelo Sr. Prefeito. É um comparecimento semelhante ao de uma autoridade. Então, nós temos a manifestação do Comparecimento e, depois, os dois minutos e mais as falas das Lideranças. Bom, podemos acordar outra coisa na reunião de Mesa e Lideranças, no sentido de que não haverá Comparecimento às quartas-feiras. Então, voltaremos a conversar na segunda-feira.

A renovação de votação foi solicitada e cumprirá os trâmites normais.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, só para relembrar a todos os Srs. Vereadores que já estão aqui há alguns anos: não é a primeira vez que nas quartas-feiras nós temos Comparecimento nesta Casa. Então, é importante dizer que o Regimento está sendo cumprido. O Comparecimento é possível a qualquer momento nesta Casa, e, nas quartas-feiras, sob a presidência de outros Vereadores, não da Verª Sofia Cavedon, nós tivemos Comparecimentos.

Segunda questão: esse painel está tendo alguns problemas, porque ele marcou 1 minuto e 30 segundos. Outro dia houve um problema com relação a uma votação de um Vereador que não estava no plenário. Então, eu gostaria de solicitar que fosse feita uma verificação técnica no painel, porque eu olhei e havia 1 minuto e 30 segundos; encerrou o tempo e encerrou a votação. Então, se há dúvidas sobre isso, gostaria, Srª Presidente, que a Mesa pudesse encaminhar administrativamente uma revisão no painel da Casa.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, só para questão de esclarecimento, nós votamos na reunião de Mesa e Lideranças, na segunda-feira, o Comparecimento do Grupo de Trabalho oficial, delegado no Diário Oficial de Porto Alegre, no dia 10-04-2011, do qual a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura era parte, por isso estava na Mesa. Fomos delegados pelo Prefeito Municipal para estar dentro do Grupo de Trabalho para redação do Plano Municipal do Livro e da Leitura. E, na ocasião da reunião de Mesa e Lideranças, com todas as representações presentes, ninguém se opôs a que o Grupo de Trabalho expusesse para os Vereadores e Vereadoras o trabalho que fez durante 135 dias na cidade de Porto Alegre. Em segundo lugar, o Comparecimento saiu no espelho da Sessão de segunda-feira entregue aos Vereadores e Vereadoras, portanto, se alguém tinha algum problema, é lamentável que não tenha falado antes ou que não tenha falado na frente das entidades da Leitura que estavam aqui. Ninguém reclamou, apenas elogiaram.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, não estava previsto que a Verª Fernanda Melchionna fizesse um Grande Expediente durante o Comparecimento. Se isso começar a acontecer, vai virar uma anarquia, porque sempre que houver algum Comparecimento eu vou fazer questão de sentar-me à mesa e também me pronunciar por 12 minutos, como foi feito, e depois usar a Liderança.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nilo, quero lembrá-lo de que a Verª Fernanda, além de ser a Coordenadora da Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura, compõe o GT nomeado pelo Sr. Prefeito, e quem estava presente aqui era esse GT.

Senhores e senhoras, o Requerimento para renovação de votação virá para a Ordem do Dia; ele será votado e depois o Projeto será votado novamente. Nós sabemos que, nos momentos polêmicos, o Regimento tem que ser à ponta do lápis, porque só assim nós vamos dirimir a nossa divergência política. Então, senhores, vamos ter que estabelecer um limite, um teto, pois é para isso que serve o Regimento. Eu agradeço todos os registros, e voltaremos ao tema conforme o procedimento proposto pelo Ver. Nilo.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1835/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 057/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que inclui a efeméride Semana Municipal de Prevenção e de Combate à Hipertensão Arterial no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema – , e alterações posteriores, que será realizada na semana que incluir o dia 26 de abril.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-09-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL n° 057/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o PLL nº 057/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Vinte e três votos SIM e 02 votos NÃO. APROVADO.

 Segundo o Requerimento do Ver. João Dib, o Veto sobre o SMUC fica para segunda-feira. Ele tranca a Ordem do Dia. O Ver. Haroldo de Souza será Relator. Nós teremos Reunião das Comissões Conjuntas também na próxima segunda-feira.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h27min): Está encerrada a Ordem do Dia.

Apregoo o convite feito à Verª Maristela Maffei para representar esta Casa, no dia de amanhã, dia 30, na Audiência Pública sobre as concessões do transporte ferroviário no Estado do Rio Grande do Sul e a implementação da FERROSUL.

Apregoo o Memorando nº 085/2011, de representação do Ver. Engenheiro Comassetto na reunião do INSS, para tratar de assunto referente à regularização fundiária, de áreas de sua propriedade - das regiões Jardim Camaquã e Paulino Azurenha, às 14h do dia 28 de setembro de 2011.

Apregoo o Memorando nº 086/2011 de representação institucional desta Casa Legislativa, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, para participar do ato público em defesa da Federação e justa partilha dos royalties do petróleo. A atividade será realizada no plenário, a partir das 16h do dia 28 de setembro de 2011, sem ônus para esta Casa Legislativa.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1949/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 080/09, de autoria do Ver. Waldir Canal, que declara de utilidade pública a Colônia de Pescadores Z-5 Ernesto Alves.

 

PROC. Nº 2182/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que altera o caput do art. 1º e a al. b do inc. II do art. 3º e inclui § 3º no art. 1º, todos da Lei Complementar nº 555, de 13 de julho de 2006, alterada pela Lei Complementar nº 574, de 2 julho de 2007, dispondo sobre a proibição do uso de produtos fumígenos em recintos coletivos e em recintos de trabalho coletivo. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 2358/11 – SUBSTITUTIVO Nº 01, que estabelece a obrigatoriedade da disponibilização, na rede pública municipalizada do Sistema Único de Saúde (SUS), do exame ecocardiograma fetal à gestante durante o período pré-natal, mediante recomendação médica, e dá outras providências, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/11, ambos de autoria do Ver. Haroldo de Souza.

 

PROC. Nº 2954/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 130/11, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que denomina Rua Domingos Manoel Mincarone o logradouro não cadastrado conhecido como Beco Dois – Estrada Barro Vermelho –, localizado no Bairro Restinga.

 

PROC. Nº 3052/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 141/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Itacyr Rossi o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 6449 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.

 

PROC. Nº 3168/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 151/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Eduíno Ferreira da Fonseca o logradouro não cadastrado conhecido como Rua 6 – Vila Valneri Antunes –, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3072/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 144/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que denomina Rua Manoel Otávio Machado o logradouro não cadastrado conhecido como Beco Trezentos, localizado no Bairro Agronomia.

 

PROC. Nº 3217/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 034/11, que institui abono salarial aos servidores detentores de cargos efetivos de Engenheiro, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro Florestal, Engenheiro de Operações, Engenheiro Químico, Arquiteto, Geólogo e Geógrafo ativos, da Administração Centralizada, das Autarquias e Fundação Municipais, e dá outras providências.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, para discutir a Pauta, por transposição de tempo com o Ver. Elói Guimarães.

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Ver. Elói Guimarães, obrigado pela possibilidade da permuta, enquanto o senhor prepara a sua intervenção. Eu venho falar aqui do Projeto em Pauta que trata da remuneração dos técnicos - dos engenheiros, arquitetos, agrônomos, geólogos e geógrafos. O Governo está oferecendo um abono nos mesmos moldes que propôs à categoria dos médicos e outros profissionais. Estavam aqui há pouco, quando o Ver. João Antonio Dib pediu Regime de Urgência, que foi aprovado pelo Plenário. Na segunda-feira, teremos uma Reunião Conjunta das Comissões sobre o tema, podendo, então, o Projeto ser votado e certamente aprovado na próxima quarta-feira, portanto, daqui a oito dias.

Esses profissionais ligados ao CREA - conjunto da área da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geografia, Geologia - compõem um setor cada vez mais exigido e com uma carga maior de responsabilidade na Cidade. E não é só por todas as obras, pelo conjunto de investimentos, mas pelo controle da Cidade, pelos projetos especiais, como a Copa, pelo projeto do trem, agora, que ainda não tem nada feito, mas que terá que ter olho clínico, crítico, e terá que ter as decisões dos técnicos da Prefeitura, e muitas outras obras: a própria ponte do Guaíba, Ver. Elói, que requer análise apurada, crítica, profunda e pró-ativa, porque a Cidade terá muitos investimentos e muitos impactos serão produzidos por isso. Então, é necessário um acompanhamento técnico muito dedicado, muito profundo. Por isso eu vejo que é necessário e importante se produzir justiça, dar o mesmo benefício, pelo menos, que tiveram os médicos e mais algumas categorias, mas isso não é o suficiente. É preciso que o Governo trate essa questão de forma profissional e perene, para mais de um abono. É preciso que se produza uma política que resulte num plano de carreira no melhor tempo, para que haja um conforto, para que essas pessoas possam se dedicar com tranquilidade, com todo ambiente que isso requer. São menos de 500 profissionais, mas são os grandes responsáveis por fazer com que os projetos aconteçam, o controle, as obras, o Plano Diretor, aquilo que é da natureza da Cidade.

Então, vejo, Ver. João Dib, com bons olhos agora, finalmente, o Governo ter concedido o abono. É uma luta que não é de hoje, ela dura mais de dois anos, e, na próxima semana, terá o desfecho final.

Nós também sabemos que nem tudo são rosas. Por exemplo, houve um Seminário Internacional de Drenagem Urbana. Eu não fiquei sabendo, ninguém ficou sabendo, nem ex-Diretores do DMAE que estão aqui nesta Casa ficaram sabendo.

E, esses dias, foi anunciado que, no ineditismo, se fez um Seminário Internacional de Drenagem Urbana. Não é verdade! Em 1994, quando eu era Chefe de Gabinete do DEP, quando a Diretora era a Lenora Ulrich, foi feito um Seminário de Drenagem Urbana, em que muito aprendemos e muita experiência boa foi trocada. Então, não existe ineditismo como está sendo dito. Mas é importante registrar que temos excelentes profissionais também na área tecnológica, e eles merecem essa valorização.

 

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon; eu me inscrevi na primeira hora, ao chegar à Casa, para analisar a Pauta, e o apelo já tinha sido feito. O Ver. João Antonio Dib já tinha definido no sentido de pedir urgência para a matéria que diz respeito aos técnicos - engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, engenheiro de operações, engenheiro químico, arquiteto, geólogo e geógrafo ativos da Administração Centralizada, das autarquias e fundações municipais. Na verdade, o Ver. João Dib conhece com muita propriedade os quadros técnicos, os engenheiros e arquitetos do Município de Porto Alegre, conhece como poucos. Talvez ninguém conheça tanto essa área como o Ver. João Antonio Dib, que foi Engenheiro do Município, Prefeito, então, é um homem que domina muito bem essa área.

Acho que são grandes as responsabilidades que pesam sobre os ombros dos engenheiros e arquitetos do Município.

Ver. João Antonio Dib, me parece que esta iniciativa do Prefeito Municipal tem que ser louvada, embora se pudesse dizer que seria preciso melhorar aqui ou ali. É verdade, mas é uma iniciativa importante na crise salarial em que vivemos, essa é toda a verdade, basta conhecermos os vencimentos dos funcionários do Estado, embora com algumas melhorias. É um abono que vem para melhorar o salário dos técnicos da Prefeitura de Porto Alegre, que têm, inquestionavelmente, papéis de extrema relevância, porque são eles que trabalham na área da realidade técnica do Município, seja na concessão, na análise de projetos, na feitura de projetos, enfim, aconselhando o Chefe do Executivo nos mais diferentes setores que dizem respeito à área de engenharia e arquitetura.

Então, na segunda-feira, a pedido do Ver. João Antonio Dib, faremos uma Reunião Conjunta das Comissões, tornando possível que, na quarta-feira, se decida a matéria que faz justiça a uma categoria tão importante como a dos arquitetos e engenheiros das mais diferentes áreas do Município de Porto Alegre. Obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, evidentemente a minha posição já foi colocada no momento em que, como Líder do Governo, eu solicitei urgência para o Projeto do Executivo, que cria um abono para os engenheiros e arquitetos, enfim, para uma série de técnicos de nível superior, que têm direito, sim, ao abono. Mas jamais alguém poderá dizer que eu fui incoerente. Eu ouvi o Ver. Atílio Todeschini, que se diz Engenheiro Todeschini - é Engenheiro Agrônomo -, falar e ir embora. Mas eu estou aqui ainda. E eu sou Engenheiro Civil. Mas eu avisei já no Governo do Sr. Todeschini, no Governo dos quatro Prefeitos do PT, que alterações no Plano de Carreira se fariam na forma do art. 34 da Lei Orgânica, quando todas as carreiras fossem movimentadas. E é muito claro o que está ali dito. Eu, então, quero dizer que continuo pensando que há necessidade de um Plano de Carreira para todos os municipários. Mas é um passo - já que fizemos um semelhante para os médicos -, é um passo, um caminho de um projeto definitivo, que alcance todos os servidores municipais.

Eu não sei fazer demagogia, eu só sei o que é certo e sei o que é errado. Eu sempre procuro fazer o que é certo. Eu erro, às vezes, mas imediatamente eu retorno para o caminho certo. Não tenho dúvida nenhuma.

Hoje foi, para mim, um dia de profunda tristeza na Casa do Povo de Porto Alegre. Eu vivi muitos dias aqui, vou viver mais alguns ainda, mas, até hoje, eu não tinha visto acontecer as coisas como aconteceram. O Projeto atingiu 18 votos. Vários Vereadores estavam entrando no plenário. Não posso dizer que não foi respeitado 1 minuto e 30 segundos. Foi 1 minuto e 38 segundos. Poderia, então, ser aprovado o Projeto do Executivo. Ainda mais que eu havia demonstrado, alguns dias atrás, boa vontade, quando o Projeto já estava em discussão e poderia ter sido votado sem que houvesse o dos táxis da Lomba do Pinheiro, poderia ter sido votado. Eu, entendendo, respeitando o posicionamento do Ver. Comassetto, solicitei a retirada do Projeto da Ordem do Dia, reencaminhei ao Executivo para que dissesse se finalmente era bom ou ruim, se poderia aproveitar de forma diferente; coloquei até a minha posição favorável ao pronunciamento do Ver. Comassetto. E, hoje, a resposta foi que o Projeto foi aprovado por 18 Vereadores, mas, como exigia maioria absoluta, precisava de 19 Vereadores, e não foi possível fazer com que aqueles Vereadores que aqui estavam entrando votassem. Não posso dizer nada, foi 1 minuto e 38 segundos, não falarei o contrário. Mas há muito poucos dias, houve uma dúvida na votação, e eu sei bem o que diz o Regimento Interno - e até um dia ensinei para a hoje Presidente, Sofia Cavedon - ela queria renovação de votação - que ela poderia ter resolvido o problema se pedisse verificação de votação. Como foi nominal, eu não poderia pedir verificação de votação, mas, como houve dúvidas, e como, há poucos dias, foi refeita a votação, hoje poderia ter acontecido a mesma coisa, e nós teríamos resolvido o problema e não transferido para a próxima quarta-feira, porque, na segunda-feira, nós vamos votar o Requerimento de renovação e, na quarta-feira, nós faremos novamente a votação do Projeto.

Eu espero que o bom-senso domine. Eu não quero fazer acusações a ninguém, eu sei que as coisas acontecem no calor dos debates, mas está tudo tranquilo. Segunda-feira, votamos o Requerimento, acertamos; quarta-feira, votamos e aprovamos o Projeto, sem dúvida nenhuma, porque é interesse do DMAE, antes que aqueles terrenos sejam invadidos e nós tenhamos problemas mais sérios. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Dib, quero registrar a sua elegância no tratamento deste tema, conhecedor que é do Regimento. Agora, V. Exª sabe que, quando há uma disputa em Plenário, não dá para fazer mediações. Nós acabamos de acordar, durante a tarde, um procedimento não regimental, que é o Regime de Urgência, sem os prazos, quando há acordo geral; quando não há acordo geral, aplique-se o Regimento. E eu lhe agradeço a gentileza, por como, no calor da discussão, V. Exª tratou esta Presidência, e pelo respeito.

Está encerrada a discussão preliminar de Pauta.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder. (Pausa.) Desiste.

Agradeço a presença de todos e todas.

Lembro que, hoje, se instala aqui o Comitê pela Justiça e pela Verdade, que o Ver. Pedro Ruas está coordenando. Registro que já estamos aqui com o nosso cantor e compositor Raul Ellwanger, militante de esquerda. Também já registro, Raul, que nós havíamos agendado uma reunião da Frente da Luta contra a Fome e a Miséria com as lideranças do Humaitá, que são as quatro Vilas com as quais nós, vários Vereadores, vamos trabalhar; então, eu e o Ver. Toni Proença estaremos naquela reunião e não aqui na instalação do Comitê, mas esta Casa tem muita honra em receber o Comitê e está alinhada na constituição da Comissão da Verdade para este País passar a limpo a sua história e fazer justiça com o povo brasileiro.

Boa-noite, bom descanso a todos.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h45min.)

 

* * * * *